BCE: Saiba tudo sobre esta relevante instituição da economia global
O BCE, ou Banco Central Europeu, é uma das mais importantes instituições da economia mundial.
Muitos, entretanto, não possuem a compreensão do que se trata o BCE e de quais são as suas principais funções.
BCE corresponde ao Banco Central Europeu. Esta instituição possui como principal função conservar o poder de compra do Euro. Ou seja, manter a inflação do Euro sobre controle, tarefa que vem sendo muito bem executada até então. O Banco Central Europeu cumpre esta função através de política monetária.
Como as principais economias europeias, e por consequência, algumas das principais economias do mundo fazem parte do BCE, este acaba por se tornar uma instituição de imenso poder sobre a economia mundial.
Concorrendo junto com o FED, que é o Banco Central Americano, sobre o posto de instituição com maior influência sobre a economia global.
Além de manter a inflação reduzida o Banco Central Europeu ainda possui outras funções, tais como:
- Gerir as reservas oficias dos países da Zona do Euro;
- Gerir o sistema de pagamentos;
- Autorizar a emissão de moeda;
- Supervisionar o sistema bancário europeu
A sede da instituição se situa na cidade de Frankfurt, na Alemanha.
Política monetária do BCE
Como dito anteriormente, a principal função do Banco Central Europeu é conter a inflação, e para isto é utilizada a política monetária.
A política monetária diz respeito à regulação da quantidade de moeda disponível em uma economia.
Uma política monetária dita “frouxa” ocorre quando se tem uma grande oferta de moeda na economia. Isto ocorre, sobretudo, através de redução na taxa de juros.
Como a taxa de juros funciona na prática como o custo do dinheiro, ou seja, o valor devido para pegar recursos emprestados, quanto menor esta taxa, mais crédito estará disponível na economia, e maior será a oferta de moeda.
Isto pode levar ao crescimento de curto prazo na economia, mas há de se ter muito cuidado pois uma política monetária excessivamente frouxa leva a uma aceleração da inflação, que é justamente o que o BCE deseja evitar.
Por outro lado, uma política monetária dita “apertada” ocorre quando a oferta de moeda na economia se retrai. Sobretudo através de uma elevação na taxa de juros.
Com esta elevação o custo do empréstimo aumenta, acarretando assim na redução do crédito na economia, e por fim na redução da oferta da moeda.
Isto, por sua vez, faz com que a inflação recue. Porém, este ambiente desestimula o crescimento no curto prazo.
Portanto, é este o trade off enfrentado pelo Banco Central Europeu.
O BCE deve achar uma política monetária tal que permite o desenvolvimento sustentável da economia europeia e que ao mesmo tempo mantenha a inflação sobre controle.
A atual meta do Banco Central Europeu é manter a inflação abaixo, mas perto, da taxa de 2%.
O fato de o objetivo ser manter a taxa próximo a 2% é para conter o risco de uma deflação, que também pode trazer efeitos danosos para uma economia assim como a inflação.
BCE Quantitative easing
Nos últimos o Banco Central Europeu tem causado polêmica com o seu programa de compras de títulos de dívida, o chamado quantitative easing.
A compra de títulos de dívida é mais uma forma de se realizar uma política monetária frouxa.
Ela é tipicamente utilizada quando a taxa de juros baixa não é o suficiente para estimular o crescimento econômico.
Ao comprar títulos do mercado a instituição está na prática inserindo ainda mais liquidez na economia, ou seja, elevando a oferta de moeda.
Este recurso tem causado muita polêmica pois alguns especialistas afirmam que, quando o Banco Central Europeu cessar as compras, ou ainda quando ele começar as vendas dos títulos previamente adquiridos, isto pode causar uma nova recessão na zona do euro.
Critérios para inclusão na zona do euro
Há critérios muito bem definidos e rigorosos para novos países adentrarem na zona do Euro.
Estes critérios são tão rigorosos que mesmo alguns países que já fazem parte do bloco não conseguem cumpri-los.
No entanto, a exigência do cumprimento destes critérios existem somente para os novos entrantes.
Em suma, para fazer parte da área do Euro o país tem que demonstrar está estável nas seguintes áreas:
- Controle da inflação
- Controle do câmbio
- Controle do déficit
- Controle da taxa de juros de longo prazo
Inflação
A taxa média de inflação de um novo entrante não pode exceder em 1,5% a taxa dos 3 países da UE com melhores resultados durante o período de um ano.
Câmbio
A moeda deve ser estável e ter uma flutuação em linha com a do Euro durante pelo menos dois anos prévios ao momento de avaliação da candidatura.
Déficit
O déficit orçamental não pode exceder 3% do PIB do país candidato.
Além disso, a dívida pública não pode exceder 60% do PIB. Esses são dois critérios dos quais alguns dos atuais países membros falham em atingir.
Taxa de juros de longo prazo
A taxa de juros não pode exceder em mais de 2% a taxa dos 3 países da zona do euro com melhores resultados.
Conclusão sobre o BCE
Não há dúvidas, portanto, de que o BCE é uma instituição de extrema relevância para a economia mundial. Sua tarefa de manter a inflação sobre controle na zona do Euro é muito importante para a estabilidade econômica mundial, já que os países membros representam algumas das mais importantes economias do mundo.