Regime de capitalização: entenda como funciona esse sistema
Bastante falado desde que foi sugerido como parte da Reforma Previdenciária, o regime de capitalização existe há algum tempo.
O que é o regime de capitalização?
O regime de capitalização é um modelo de aplicação financeira que pega as contribuições e valores pagas pelos contribuintes e as redireciona para diferentes investimentos, funcionando como uma espécie de poupança.
Com isso, uma aposentadoria ou investimento que esteja nesse modelo variará de acordo com o valor que o titular conseguiu depositar e o quanto este montante rendeu ao longo do tempo.
Vale lembrar que, no Brasil, a Previdência Social sempre trabalhou com regime de partição.
Ou seja, os trabalhadores ativos atualmente pagam pela aposentadoria de quem não está mais no mercado, com suas contribuições previdenciárias.
O mesmo ocorreu com as pessoas que estão aposentadas hoje, cujas contribuições pagaram os benefícios de quem saiu do mercado antes deles. E assim sucessivamente.
Já a rentabilização do regime de capitalização trabalha de uma forma diferente.
As contribuições deixam de ser coletivas e passam a ser individuais. Com isso, cada pessoa se torna responsável pela própria aposentadoria.
Regime de capitalização e a previdência privada
Apesar de o assunto ser novidade no tocante à Previdência Social, o regime de capitalização já é utilizado nos programas de previdência privada.
Isso inclui modelos como fundos de pensão e aplicações como PGBL e VGBL.
Os regimes de capitalização funcionam de duas formas diferentes:
• Regime de capitalização de juros simples
• Regime de capitalização de juros compostos.
Regime de capitalização de juros simples
O regime de capitalização simples, também conhecido como regime de juros simples, tende a ter um rendimento menor.
Isso porque a taxa de juros incide apenas sobre o valor originalmente aplicado.
Ou seja, quem fez um depósito inicial de R$ 500 terá juros apenas sobre este valor, ainda que o montante aumente a cada rendimento.
Isso significa que não há o reinvestimento dos juros.
Regime de capitalização de juros compostos
Já o regime de capitalização composta, mais comumente utilizada pelo mercado financeiro, aplica juros sobre juros.
Com isso, os juros são calculados sobre a soma de capital inicial e rendimento já existente.
Então, quem depositou inicialmente R$ 500 e teve um rendimento de R$ 80 ao longo do período, terá juros calculados sobre R$ 580.
Vale lembrar que juros e taxa de juros são conceitos diferentes. A taxa de juros é a percentagem equivalente aos juros.
Já os juros são um valor monetário, ou seja, são calculados em moeda (seja real, dólar ou euro, por exemplo).
Regime de capitalização e investimentos
O regime de capitalização não está restrito às aposentadorias, funcionando também como um investimento.
Afinal, o conceito de capitalização é a aplicação de valores em investimentos. Com isso, é possível escolher títulos de capitalização ou demais papeis com diferentes valores e rendimentos.
A escolha deverá considerar o capital a ser aplicado e o objetivo do investidor em adquirir aquele título.
Toda capitalização tem incidência de juros. Esse rendimento costuma ser mensal e a taxa de juros varia de acordo com o papel.
Há a possibilidade de o rendimento dos juros, ou seja, a capitalização, ser diária. Logo, o que seria negativo em uma dívida se torna lucrativo em um investimento.
Porém, é importante não confundir capitalização com liquidez. Por mais que o rendimento seja diário, é possível que só seja possível sacar o dinheiro após o fechamento do período. Neste meio tempo, o montante aplicado, bem como o seu rendimento, fica inacessível.
Para escolher a melhor forma de rendimento, o ideal é procurar ajuda de quem conhece o mercado.
Por isso, a Suno Research oferece um ebook com os dez livros que todo investidor deveria ler.
Desta forma é possível saber se um regime de capitalização é o que realmente se procura ou não.