3 ensinamentos para a independência financeira

1) Invista, não especule

Os ativos nos quais o dinheiro pode ser alocado são classificados como investimentos ou especulações.

A diferença não é clara para a maioria das pessoas, ambos podem ser comprados e vendidos.

Ambos tipicamente tem flutuações em seu preço e portanto parecem gerar retornos sobre o montante alocado.

Existe, porém, uma diferença: investimentos geram um fluxo de dinheiro ao longo do tempo para benefício dos donos, especulações não. Os retornos para o segundo grupo dependem exclusivamente do olhar do mercado na realização da revenda do ativo.

Se um indivíduo compra uma obra de arte esperando ganhar dinheiro, ele está especulando. Está completamente a mercê do olhar do mercado no momento em que espera realizar a revenda.

Seu ativo não gera fluxo de caixa e seu preço está unicamente atrelado a oferta e procura, ele não tem valor intrínseco.

Uma ação comprada unicamente para realizar “trade”, se encaixa na mesma categoria. O acionista não fica com o ativo por tempo suficiente para que ele usufrua da geração de dinheiro do negócio.

Agora, uma ação comprada pensando no longo prazo, é a fração de uma complexa estrutura de negócio, que pode gerar lucro independentemente das variações no preço praticado no mercado. Ela é um investimento.

Esse lucro pode ser reinvestido na companhia ou repartido com seus donos, na forma de dividendos.

Ela possui valor intrínseco, pois gera um fluxo de dinheiro que beneficia os acionistas.

 

Por isso, se o indivíduo consegue estimar o valor intrínseco da ação, ele pode se aproveitar de oportunidades em que o mercado subvaloriza algumas empresas.

Isso é possível pois o preço não necessariamente reflete a realidade do negócio. O preço é reflexo dos inúmeros motivos que fazem as pessoas quererem comprar ou vender uma ação.

É aí que entra a beleza dos dividendos. Você sabe analisar o valor de uma empresa?

 

2) A Beleza dos Dividendos

Apesar de existirem casos em que empresas distribuem mais dividendos do que sua operação permite, algumas companhias pagam altas quantidades de dividendos pois são extremamente lucrativas e não precisam reinvestir muito capital em seu negócio.

Por exemplo, se o investidor identifica uma empresa saudável, que distribui 80% de seus lucros, e em certo momento, o mercado precifica essa empresa num patamar que esse lucro distribuído equivale a 8% ao ano do preço da ação.

O investidor, que estudou a fundo a empresa e entendeu as perspectivas do negócio, então opta por comprar a ação.

Sem crescer os lucros, apenas mantendo o patamar atual, o investidor será bonificado com 8% ao ano, livre de impostos.

Se mediante ao aquecimento econômico do país a empresa aumentar seus lucros em 50%, o dividendo equivalente a participação adquirida também irá aumentar, totalizando 12% do capital investido.

Isso sem contabilizar o lucro proveniente do ganho de capital.

Se os dividendos foram reinvestidos, os ganhos também serão amplificados junto com o aumento da participação nas companhias.

3) Juros Compostos

Juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Acredito nessa ideia por alguns motivos simples, porém poderosos.

Primeiramente, ele funciona como um grande equalizador, agindo de forma democrática. Não importa a etnia, religião ou opção sexual que uma pessoa possui, o juro composto não faz distinção, ele afeta todos os indivíduos da mesma forma, pois depende exclusivamente do tempo.

Tempo é a coisa mais preciosa que nós temos, qualquer conquista na vida deriva da utilização eficiente desse bem, e é algo comum para 100% das pessoas. A mágica do juros composto funciona por causa disso.

É uma verdade universal.

Podemos comparar essa mágica com uma avalanche, uma força massiva que tem início com algo pequeno, as vezes uma bola de neve, mas que faz uso de seu momento para se tornar algo magistral, onde o pequeno montante de neve inicial, em seu movimento, vai recrutando neve por onde passa e cada pedaço de neve recrutado adiciona ainda mais neve.

Assim sucessivamente se forma uma gigantesca avalanche.

Moral da história? O que realmente importa é o tempo, quando você tem o juros composto trabalhando pra você.

Porém, simplesmente comprar ativos aleatórios na bolsa de valores não maximiza os resultados no longo prazo.

Aprenda, de maneira eficiente e racional, como funciona a estratégia de dividendos, para selecionar boas empresas na bolsa de valores e conquistar a independência financeira.

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Tiago Reis
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