A Grande Depressão: É possível aprender com os erros do passado?

Certamente, uma das mais importantes serventias de eventos históricos ocorridos no passado são os aprendizados que eles deixam para as próximas gerações e, neste sentido, a grande depressão foi uma grande professora no que diz respeito às causas e também à maneira de lidar com as tão temidas crises.

Mesmo com uma dimensão que causou repercussões no mundo inteiro na época, a grande depressão ainda é desconhecida por boa parte das pessoas.

O que foi a grande depressão?

Também conhecida como crise de 1929, a grande depressão foi uma grave recessão econômica iniciada em no final da década de 1920, e que persistiu até o final da década seguinte, chagando ao início do seu fim apenas com a Segunda Guerra Mundial.

É importante frisar, também, que essa grave recessão foi a maior e mais longa recessão econômica do século passado e, segundo muitos historiadores, também uma das mais conhecidas ao longo da história mundial moderna.

Tudo se iniciou com o término da Primeira Guerra Mundial, quando muitos países da Europa se encontravam em situações bastante delicadas, com as suas respectivas economias enfraquecidas e com forte retração de consumo, o que, de maneira direta, abalou a economia mundial.

Os Estados Unidos, por sua vez, conseguiram lucrar bastante com a exportação de alimentos e produtos industrializados aos países aliados no período entre guerras.

Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma bastante abundante, o que fez com que, naquele contexto, se criasse o hoje bastante conhecido “American Way of Life” (modo de vida americano), haja vista que existia empregos, os preços dos produtos caíam, a agricultura produzia em alta e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias.

Este foi um período em que a população norte-americana descobriu o mercado de ações e percebeu ali um mecanismo que poderia proporcionar bastante riqueza diante daquele cenário.

Entretanto, com o passar do tempo a economia europeia ganhou forças e se restabeleceu, passando, com isso, a importar cada vez menos dos Estados Unidos.

Com a diminuição do consumo proveniente dos países europeus, as indústrias norte-americanas não tinham, em tese, mais para quem vender.

Naquela conjuntura, o que se sucedeu foi que havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda e, por consequência, preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego também aumentou.

Tudo isso, juntamente com a queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa.

A explosão da bolha que surgiu na bolsa de valores de Nova York aconteceu em 29 de outubro de 1929, quando o índice Dow Jones caiu 12% (uma das maiores quedas em um único dia na história do mercado) tornando, a partir de então, aquele dia famoso e mundialmente conhecido como Terça-Feira Negra.

Conclusão

Pela conjuntura desse expressivo evento, é possível perceber que, normalmente, cenários de muita euforia em torno de algum ativo ou até mesmo de fatores macroeconômicos, apresentam reais possibilidades de serem sucedidos por eventos de grandes baixas, sem aviso prévio.

Isso faz com que seja necessário que todo investidor de valor se atente a esses tipos de conjunturas de alta de mercado de modo que consiga, assim, se precaver de surpresas desagradáveis com as que aconteceram no âmbito da grande depressão.

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Tiago Reis
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