Avaliação de empresas – conceitos ligados ao Valuation das companhias
A fim de se estudar e conhecer melhor as diversas companhias existentes no mercado, muitos investidores se utilizam da avaliação de empresas para se localizarem e terem ciência de quais ativos valem ou não a pena aplicar no âmbito de seus investimentos.
A avaliação de empresas consiste num estudo aprofundado de vários fatores a fim de se chegar a um valor justo da ação de uma companhia.
O que é avaliação de empresas?
Avaliação de empresas são métodos usadas para identificar o valor real de uma empresa, sendo que são quatro os principais utilizados pelo mercado:
- Valor Patrimonial
- Valor de Mercado
- Múltiplos
- Fluxo de caixa descontado
Neste sentido, é importante que se destaque os principais pontos de cada uma dessas vertentes.
Valor Patrimonial (ou Contábil)
O Valor Patrimonial é o valor contábil dos ativos ou do Patrimônio Líquido da empresa que, normalmente, vem apresentado nos seus balanços trimestrais.
Para calculado, divide-se o valor do Patrimônio Líquido da companhia pela sua quantidade de ações.
Vantagem desse processo é a facilidade de calculá-lo, ao passo que sua desvantagem se faz no fato de o balanço ser uma fotografia momentânea da empresa, podendo não corresponder, fielmente, à realidade do empreendimento naquele momento e, dessa forma, não reflete o potencial de geração de caixa e nem os possíveis benefícios futuros que aquele negócio pode gerar.
Valor de Mercado
Também conhecido como VWAP (Volume Weighted Average Price), é definido como sendo a média ponderada do preço das ações pelo seu volume negociado na bolsa de valores.
Nesse cálculo, é preciso se estipular uma janela de tempo (3 meses, 6 meses ou 1 ano, por exemplo) e calcular a média ponderada do preço das ações da empresa naquele período e dividir pelo volume.
As vantagens dessa metodologia é a sua praticidade e facilidade de ser calculado, e também a consideração da perspectiva do mercado sobre os fluxos de caixa futuros da companhia.
As suas desvantagens se fazem na limitação de ser utilizado apenas para empresas de capital aberto e ainda, para ações com alta liquidez, além de apresentar, também, muita variação de valores no curto prazo e considerar, ainda, a premissa de que o mercado precifica de maneira justa e coerente os ativos, o que sabemos que pode ser uma grande inverdade.
Múltiplos
Este modelo estima o valor de um ativo analisando-se a sua precificação de outros ativos comparáveis – normalmente empresas do mesmo segmento – em relação a uma variável comum.
As vantagens são a praticidade do método, a utilidade num universo de um grande número de empresas comparáveis e, ainda, a praticidade quando o preço médio do mercado está coerente.
Já as desvantagens são que a definição de empresas comparáveis é, normalmente, uma tarefa muito subjetiva, além de os valores também poderem ser manipuláveis.
Fluxo de caixa descontado
Esse cálculo basicamente utiliza a projeção de todo o fluxo de caixas futuros da companhia e considera-os ao valor presente.
Suas vantagens se fazem devido a, normalmente, serem métodos que exigem dos analistas uma compreensão aprofundada dos negócios que estão avaliando, o que diminui o nível de amadorismo no estudo e, por conta disso, força os analistas a buscarem fundamentos sólidos a respeito das companhias.
As desvantagens é a alta demanda de tempo no seu desenvolvimento, além da consideração de pressupostos que, em muitas vezes, podem não condizer com a realidade naquele momento.
Conclusão
Apesar de serem diferentes entre si, essas quatro metodologias de avaliação de empresas são complementares, isto por que cada uma acaba por tender a se chegar até outra a fim de se confirmar algum resultado, por isso é importante que compreenda muito bem todos esses processos de Valuation de modo que uma margem de segurança satisfatória possa ser estabelecida no âmbito de um investimento de longo prazo.