Calcular o retorno de um investimento é o principal fator para decidir se faz sentido investir em determinado ativo. Nesse sentido, um dos indicadores que mais auxiliam nessa tarefa é o CAGR.
O CAGR é uma das ferramentas de avaliação de investimento mais conhecidas do mercado, sendo utilizada frequentemente por analistas de mercado, empresas e fundos de investimento.
O que é o CAGR?
O CAGR (Compound Annual Growth Rate), ou taxa de crescimento anual composta, é a taxa de retorno necessária para um investimento crescer de seu saldo inicial para o seu saldo final. Dessa forma, o CAGR é considerado um dos principais indicadores para analisar a viabilidade de um investimento.
A grande utilidade dessa ferramenta é a sua capacidade de “suavizar” a taxa de retorno. Esse resultará numa porcentagem constante através do período abordado.
Entretanto, vale lembrar que essa taxa de crescimento não representa um retorno real. Na verdade, o CAGR é um número fictício que estimaria à qual taxa o investimento teria crescido se os retornos fossem constantes.
Dessa forma, pode-se dizer que o CAGR ajuda a entender a rentabilidade de um investimento ao longo do tempo. Porém, nunca deveremos esquecer as suas limitações e volatilidade que muitas vezes está implícita em seu resultado.
Como o CAGR é calculado?
Para calcular o CAGR, é necessário ter em mãos três dados: o valor inicial do investimento, o valor final do investimento e período do investimento. Como se trata do cálculo da taxa de crescimento anual composta, o período deve ser dado sempre em anos.
Sendo assim, a fórmula do CAGR é a seguinte:
- CAGR = (VF / VI)1/n -1
Onde:
- VF = Valor final do investimento;
- VI = Valor inicial do investimento;
- N = número de períodos em anos.
Exemplo de aplicação do CAGR
Digamos que um gestor tenha aplicado em janeiro de 2017 um capital de R$ 100.000,00 em um título de renda fixa.
Dando continuidade, passado 12 meses, já em janeiro de 2018, esse mesmo gestor verificou que o capital aplicado tinha crescido a uma taxa razoável. Chegando a atingir R$ 112.000,00.
Dessa forma, em janeiro de 2019, o capital desse gestor cresceu bem menos que no ano anterior, ficando em R$ 118.000,00.
Nesse momento ele decide calcular o CAGR de sua aplicação de modo a descobrir o seu desempenho geral nesses dois anos, usando a fórmula:
- CAGR = (118.000 / 100.000)1/2-1
- CAGR = 0,086 ou 8,6%.
Portanto, o desempenho da aplicação do gestor nesse título de renda fixa foi de 8,6% a.a.
Desse modo, o papel de um investidor/gestor nesse caso é comparar o CAGR potencial de cada aplicação disponível. Avaliando os seus riscos, e alocando os recursos onde oferecer as melhores taxas de retornos, com o menor risco possível.
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Limitações do CAGR
A limitação mais grave desse indicador é que, por ele calcular uma taxa suavizada de crescimento ao longo de um período, ele ignora a volatilidade implícita nesse crescimento.
Normalmente, os retornos sobre os investimentos são desiguais ao longo do tempo. Exceto quando falamos dos títulos pré-fixados que são mantidos até o vencimento.
Adicionalmente, o CAGR não contabiliza quando um investidor adiciona fundos ou retira em uma carteira durante o período calculado.
Por exemplo, se um investidor tivesse uma carteira por cinco anos e injetasse fundos na mesma durante esse período, o indicador seria inflacionado.
Portanto, a fórmula do crescimento composto calcularia a taxa de retorno com base nos saldos inicial e final ao longo do período. Desse modo, ele contaria os fundos depositados como parte da taxa de crescimento, o que resultaria num cálculo incorreto.
E então, o que você acha sobre a utilização do CAGR como ferramenta para avaliar um investimento? Deixe abaixo a sua opinião ou dúvida e compartilhe conosco o que você pensa sobre o tema.