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O que é a cotação do petróleo e como esse mercado funciona?

Cotação do Petróleo

Rotineiramente os jornais e telejornais noticiam a cotação do petróleo, e se ele subiu ou caiu no mercado.

Isso porque a cotação do petróleo nos afeta diretamente, influenciando no preço de seus derivados como gasolina e o óleo diesel. E dessa forma, impacta o preço do transporte, afetando todas as mercadorias.

Como funciona a cotação do petróleo?

A cotação do petróleo é o seu preço em um determinado momento no mercado onde está sendo negociado. Ele é o resultado da oferta e demanda da commoditie no mercado internacional em ambiente de bolsa. A unidade de medida utilizada é de dólares por barril de petróleo.

Dessa forma, o preço do barril de petróleo nada mais é do que o valor em que quem deseja vender acha compradores, da mesma forma em que quem deseja comprar encontra compradores. Ou seja, é o preço de equilíbrio que satisfaz demandantes e ofertantes do mercado naquele momento.

Geralmente, usa-se a cotação do preço final do pregão de mercado para dizer qual foi a cotação do dia.

Tipos de petróleo negociados no mercado

Há duas cotações mais acompanhadas pelo mercado financeiro: o West Texas Intermediate (WTI) e o Brent Crude Oil. O primeiro representa o petróleo de origem americana e negociado na bolsa de Nova York e o segundo de origem europeia, preferencialmente do mar do norte, e é negociado na bolsa de Londres.

O petróleo Crude costumava ser mais barato por ter menos custos de extração e transporte por estar no mar. No entanto, nos últimos anos a tecnologia americana se aperfeiçoou, no que ficou conhecido como American Shale Revolution, e o petróleo WTI se tornou mais barato.

Entretanto, ambos os tipos de petróleo são parecidos e possuem alta correlação e costumam seguir a mesma tendência de preços.

Fatores que influenciam na cotação do petróleo

Então, como falado acima, o preço do petróleo é o resultado da sua oferta e demanda no mercado.

Logo, para entender o que impacta o seu preço é preciso entender quem são os principais ofertantes e demandantes desse mercado. Ou seja, os países com maior influência sobre nele.

Segundo a U.S Energy Information Administration, os cinco maiores produtores de petróleo e sua participação no mercado mundial são os seguintes:

• Estados Unidos, com 15% da produção
• Arábia Saudita, 13%
• Rússia, 12%
• Canadá, 5%
• Irã, 5%

Já os cinco maiores consumidores e seu percentual de consumo do mercado mundial são os seguintes:

• Estados Unidos, 20%
• China, 13%
• Índia, 4%
• Japão, 4%
• Russia, 4%

Por isso, mudanças nesses países que afetem a sua produção e ou consumo tem grande capacidade de influir no preço do mercado internacional.

Dessa forma, alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo se juntaram em um cartel para aumentarem a sua influência sobre o preço do petróleo combinando a produção. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) possui hoje 15 membros. São eles:

• Angola
• Argélia
• Gabão
• Guiné Equatorial
• Líbia
• Nigéria
• Gabão
• Venezuela
• Equador
• Arábia Saudita
• Emirados Árabes Unidos
• Irã
• Iraque
• Kuwait
• Catar

Em 2017, a OPEP produziu 32% da produção total de petróleo mundial. No entanto, seu grande poder está no fato de seus países membros serem donos de 81% das reservas mundiais de petróleo conhecidas.

O cartel historicamente se organiza para diminuir a sua produção e aumentar o preço do petróleo, produzindo diversos choques na economia.

Mas nos últimos anos, o cartel tem tido interesse em manter os preços baixos por um tempo para inviabilizar a produção americana e diminuir a concorrência. Por ter um custo maior de produção, as petrolíferas americanas só se mantêm com a cotação do petróleo mais alta.

 

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