O investidor se depara com uma variedade de características e informações diferentes ao procurar por uma aplicação financeira. Dentre tais condições, certamente uma das mais importantes diz respeito ao prazo de resgate do dinheiro aplicado. É nessa hora que aparecem os famosos termos “D+0, D+1, D+2, D+3″ – e assim por diante.
Como o tempo de resgate é o que determina a liquidez de uma aplicação – como, por exemplo, um fundo de investimento, entender o que significa D+0, D+1, D+2 é essencial para definir se o produto é adequado para os objetivos do investidor.
O que é D+0, D+1, D+2?
As siglas “D+0, D+1, D+2” indicam o tempo para que uma transação financeira seja efetuada. Elas mostram, de forma resumida, quantos dias úteis vão levar para a operação ser processada e realizada pela instituição.
O termo é uma abreviação para “Dia Atual + X”. O dia atual é a data em que a solicitação é feita, e X é o número de dias úteis até ela ser completada.
Em uma aplicação D+1, por exemplo, o resgate do dinheiro será completado em um dia útil após a sua solicitação. Logo, se o investidor pedir o saque hoje, o dinheiro será depositado em sua conta no dia útil seguinte.
Dessa forma, em um D+2, o dinheiro será depositado dois dias depois. No D+30, trinta dias úteis – e assim sucessivamente.
O D+X é utilizado não só para investimentos, mas também para compensações bancárias e qualquer outra transferência de valores no mercado.
Ou seja, o tempo para um cheque ser sacado, ou para o crédito de um DOC sair de uma conta para outra, por exemplo, também são contabilizados dessa forma.
Por que os prazos de resgate existem?
Normalmente, a maioria das operações financeiras precisam passar por uma série de etapas até serem concluídas.
Para descontar um cheque, por exemplo, o processo é longo. Tudo começa com a solicitação do cliente. Logo após, o banco emissor recebe o comunicado sobre a compensação.
Em sequência, a assinatura e demais dados do cheque são conferidas e a conta do emissor é verificada para ver se existe saldo suficiente para cobrir o valor.
Apenas depois de completar todo esse trâmite que o banco consegue concluir a transação. Sendo assim, o processo é finalizado com a transferência do dinheiro de uma pessoa para a outra.
Em uma aplicação financeira, como um fundo de investimento ou um CDB, a situação é a mesma. Na maioria das vezes, a instituição precisa “desinvestir” parte da sua carteira para devolver o dinheiro solicitado pelo cliente.
Logo, por ser um processo complexo e que envolve diversas partes, o saque normalmente leva alguns dias úteis para ser efetuado.
A relação entre a liquidez da aplicação e o prazo de resgate
A liquidez, definida como a facilidade de transformar um ativo em dinheiro, é um das características mais importantes de qualquer investimento.
Logo, em uma aplicação financeira – onde o capital fica sobre a responsabilidade de um terceiro, o que determina a liquidez do produto é o seu prazo de resgate.
Por isso, é importante prestar atenção nos prazos apresentados pelo investimento em questão. Esse período irá variar de acordo com o tipo de aplicação.
Ou seja, fundos e produtos mais focados em longo prazo costumam ter prazos mais longos. Da mesma forma, investimentos de curto prazo permitem resgates mais rápidos, como D+0, D+1, D+2.
No caso das aplicações D+0, por exemplo, é oferecida a chamada “liquidez diária”, onde o dinheiro pode ser sacado pelo cliente no mesmo dia.
Esperamos que você tenha entendido o conceito por trás das siglas D+0, D+1, D+2. Para esclarecer alguma dúvida ou questão que tenha restado sobre o tema, deixe seu comentário abaixo e compartilhe conosco a sua opinião.