Dívida externa do Brasil: confira a trajetória da dívida externa brasileira

A dívida externa do Brasil é muito comentada por várias pessoas e políticos brasileiros.

Mas você sabe o que quer dizer a dívida externa do Brasil?

O que é a dívida externa brasileira?

A dívida externa do Brasil é 0 compromisso de dívida assumido pelo país perante agentes externos.

Logicamente, esses compromissos são assumidos em moeda estrangeira.

Esses débitos são assumidos por agentes que buscam investir no Brasil para obter um retorno, que é o juro da dívida.

EBOOK GRATUITO ECONOMIA INVESTIDORES

Dados importantes da dívida externa do Brasil

É muito importante analisar com cuidado a dívida externa brasileira. Afinal, um país com uma elevada dívida externa está mais suscetível à crises econômicas e à instabilidade.

O que ocorre com a dívida na ocasião de uma crise econômica, por exemplo?

Nesses momentos, normalmente, a moeda corrente se deprecia e o dólar sobe bastante. Isto, por si só, já pode causar malefícios para a economia. Como causar inflação, por exemplo.

No entanto, se o país tem a maior parte da sua dívida classificada como externa, isto pode causar ainda mais problemas. E este problema é um aumento exponencial do valor da dívida.

Afinal, lembre-se que a dívida externa é assumida em dólares, e que em uma crise econômica o dólar tende a subir.

Portanto, agora o país, além de se deparar com uma crise econômica, tem que conter também a elevação da dívida.

É por isso que muitos economistas observam a dívida externa com grande preocupação.

Além disso, uma alta dívida externa denota uma falta de confiança por parte dos investidores estrangeiros na economia local.

Isto é, eles preferem não assumir dívida na moeda local, pois não confiam na manutenção do poder de compra dessa moeda. Optando, assim, assumir a dívida em dólar.

MINICURSO TESOURO DIRETO

Histórico da dívida externa Brasileira

O início da dívida externa brasileira remete à independência do país. À época, o país captou empréstimos do Reino Unido para financiar o reconhecimento da sua independência.

Outro momento marcante da dívida é o evento conhecido como convênio de Taubaté. Este convênio foi um acordo entre os produtores do café brasileiro e o governo federal. Este último deveria garantir a compra do excedente do café produzido. E esta compra deveria ser financiada através do aumento da dívida externa.

Mais recentemente, eventos marcantes da dívida externa brasileira foram os diversos acordos que culminaram  na sua estabilização. Uma série de negociações prévias ao Plano Real retomaram a credibilidade do Brasil perante o mercado de capitais mundial.

O sucesso do plano real também foi decisivo para que o país pudesse acessar novamente o mercado da dívida externa.

Por fim, a partir de 2002, ocorreu o último evento marcante da dívida externa brasileira. Ela foi drasticamente reduzida e, hoje, responde por menos de 5% de todo o estoque da dívida do Brasil.

No entanto, é importante ressaltar que isto foi alcançado com um grande aumento da dívida interna do país. Assim, embora a problema da dívida externa brasileira esteja controlado, a situação geral da dívida pública está longe de uma solução adequada.

Atualmente, a maior parte da dívida brasileira é interna e dividida em 3 grandes partes:

  • Pré fixada;
  • Taxa flutuante;
  • Índice de preços.
histórico da dívida externa brasileira
Fonte: Tesouro Nacional

Acima você pode visualizar a trajetória de queda da dívida externa do Brasil. Observe que se tornou cada vez menor a parcela da dívida atrelada ao câmbio. O percentual saiu de cerca de 30% em 2004 para cerca de 5% em 2018.

NEWSLETTER NOTICIAS

ACESSO RÁPIDO
Disclaimer de artigos
Tiago Reis
Compartilhe sua opinião
7 comentários

O seu email não será publicado. Nome e email são obrigatórios *

  • joadson 20 de junho de 2019
    que negociações foram essas antes do plano real ? qual valor do emprestimo do convenio de taubate ?Responder
  • Carlos 1 de setembro de 2019
    A constituição de 1988 é bem clara quando diz que a dívida pública tem que ser auditada. Porque todos os presidentes descumprem a constituição e vetam a auditoria?Responder
  • Danilo 14 de novembro de 2019
    A dívida externa com o FMI foi paga em 2005 no governo Lula, porém aumentou a dívida interna, que é mais benéfica pois está é em Real e não Moeda estrangeira como o dólar e euro por exemplo.Responder
    • Tomas 30 de maio de 2020
      isso mesmo Danilo foi quitada e o pais ainda virou credor do FMI emprestando 10BI U$ e depois mais 10BI U$ poara a crise do EURO um belo exemplo e nao ficou mais sujeito a cartilhas do FMI para implementaçoes de medidas economicas sacrificando os projetos socias.Responder
    • Luiz Fenelon 7 de agosto de 2020
      Benéfica, é a maneira de dizer. A pergunta que Carlos fez anteriormente é muito importante. Por que não se audita rigorosamente a dívida pública brasileira. Como podemos estar reféns de uma dívida que consome a metde de nosso orçamento anualmente..Responder
  • alysson oliveira de melo 11 de maio de 2020
    Este post é prolixo!Responder
  • Luiz Fenelon 7 de agosto de 2020
    Por que será? Carlos, essa dívida é um fosso de maracutaias.. O Brasil trabalha para pagar dívida... por isso foi feita a Emenda Constitucional de Teto de Gasto. Seu efeito está estrangulando o Brasil. Agora, vão abrir a porteira.Responder

Ajude a Suno a Melhorar participando de um teste rápido!

CLIQUE AQUI