A dívida líquida é um conceito muito importante de ser tratado, tanto no dia-a-dia das empresas quanto na vida das pessoas de forma geral. Ela pode ser considerada obrigações financeiras que as empresas tomam com algum fim, seja ele crescer suas operações ou financiar o capital de giro do seu negócio.
De modo geral, a dívida líquida refere-se ao volume de empréstimos e financiamentos subtraídos do caixa e equivalentes de caixa. Ela representa a quantidade de dinheiro que a empresa necessita para zerar todo o seu endividamento.
Toda vez que um analista diz que uma empresa está endividada, é porque significa que ela tem muito mais dívidas que disponibilidades financeiras, o que naturalmente, até certo limite, pode ser saudável e fazer algum sentido para alavancar a operação da empresa.
Porém, antes da companhia tomar uma dívida, ela deverá realizar estudos detalhados para obter o máximo de certeza que os novos investimentos gerarão o caixa necessário para cobrir o seu novo endividamento.
Dívida líquida / Ebitda: uma métrica importante de ser avaliada
A métrica dívida líquida / Ebitda é um múltiplo criado para analisar o grau de endividamento de uma companhia. Das várias formas de analisar as dívidas de uma empresa, essa talvez, seja a mais importante de todas.
Nesse calculo, o numerador é a dívida líquida da empresa e o denominador é o Ebitda acumulado dos últimos 12 meses.
Utilizamos o indicador Ebitda, pois este representa o proxy da geração de caixa de uma empresa, que na pratica, é o montante gerado pela empresa que pode ser utilizado para o pagamento das dívidas. Nesses casos, quanto maior for a DL/Ebitda mais endividada é uma empresa.
De modo geral, consideramos um múltiplo ideal de endividamento uma relação de até 2x DL/Ebitda. No entanto, na maioria dos casos, é aceitável que uma empresa atinja um valor máximo de 3,5x.
É obvio que essas são apenas estimativas, outras variáveis devem ser levadas em consideração, como o custo desse endividamento, que caso sejam cobrados juros bastante elevados, é obrigatório que essa relação que citamos anteriormente seja revistas para baixo.
Desse modo, não indicamos utilizar esse múltiplo, assim como qualquer outro, de forma “cega”, pois um conjunto de informações deve ser levado em consideração.
Ou seja, há uma certa complexidade em avaliar o endividamento de empresas.
Você pode contar com a ajuda da Suno para esta avaliação. A carteira de ações da assinatura premium é composta por empresas com um baixo endividamento ou com uma alavancagem inteligente.
Dívida para pessoas físicas
O uso do cartão de crédito é o meio mais comum de endividamento que as pessoas buscam nos dias de hoje.
Gostaríamos de ressaltar, que diferentemente das empresas, às pessoas geralmente não geram mais renda a partir do uso desses cartões, e talvez por isso, o ato de tomar um empréstimo faça muito menos sentido nesses casos.
Além disso, os juros que são cobrados para as pessoas no geral, são significativamente superiores aos que podem ser vistos nas empresas num âmbito geral. Essa dinâmica se dá muito por conta do risco de calote embutido nesses empréstimos, que geralmente apresentam um caráter muito mais emocional e consumista do que é visto no caso das empresas.
Mesmo assim, caso a pessoa deseje fazer algum endividamento para comprar algum produto ou serviço que precise, é necessário se certificar que sua situação financeira seja de caixa líquido (mais dinheiro em caixa do que dívidas) e não de dívida líquida, para que o seu patrimônio não seja corroído pelas pesadas “algemas” das obrigações com juros.