Você sabe o que é a especulação nos investimentos? Especular é uma prática muito comum no mercado secundário de investimentos.
Muitas pessoas praticam a especulação acreditando estarem, na realidade, exercendo uma atividade de investimento, o que não é, de fato, uma verdade.
Essas pessoas adentram ao mercado de capitais no intuito de tentarem lucrar no curto prazo mediante operações de alto risco realizadas várias vezes em um mesmo dia, realizando, com isso, o que se conhece no mercado como especulação.
[sta_anchor id=”o” /]O que é a especulação?
Especular pode ser definido como o ato de se negociar um ativo (ação ou fundo imobiliário) ou realizar uma transação financeira com o objetivo de lucrar no curto prazo com a variação de preço deste ativo.
Por exemplo, alguém que especula na posição comprada, espera que o ativo se valorize.
E oposto ocorre em uma posição vendida. Neste caso, lucra-se com a desvalorização deste ativo.
No caso de ações, por exemplo, pode-se comprar uma ação com a esperança de vendê-la mais cara alguns dias depois.
Ou então, é possível alugar esta ação e vendê-la, com a esperança de recomprá-la mais tarde por um preço menor.
Especular não está restrito a somente ações.
Na verdade, as primeiras operações especulativas em bolsa de valores foram registradas em contratos futuros de commodities agrícolas, como soja e milho.
Hoje em dia é possível especular com diversas aplicações diferentes, como:
- Moedas
- Commodities agrícolas
- Ações
- Opções
- Metais precisos
- Títulos públicos / privados
- Terrenos
- Imóveis
- Fazendas
Geralmente quem especula também é chamado de trader. E o principal objetivo do trader é auferir rendimentos superiores a média de mercado.
O prazo para uma operação especulativa pode variar.
Mas geralmente não passa de alguns meses.
No limite existem as operações de day trade, que são abertas e encerradas no mesmo dia.
Uma das ferramentas que os especuladores utilizam para tentar antever a direção do mercado no curto prazo se chama análise técnica.
A análise técnica é o estudo do comportamento de preços e outras variáveis de mercado com a finalidade de encontrar padrões históricos.
Esses padrões são então projetados para o futuro, fornecendo ao especulador uma estimativa quanto aos próximos movimentos de preços.
[sta_anchor id=”investindo” /]Investimento X Especulação
Especular ou investir podem parecer a mesma coisa à primeira vista.
Superficialmente, poderia se dizer que investir é especular a longo prazo.
De fato, a diferença do horizonte da aplicação entre o especulador e o investidor é bastante grande.
Enquanto o primeiro foca em dia, semanas e meses, o segundo espera resultados significativos em anos e décadas.
Mas a principal diferença está no modo de encarar a aplicação financeira.
Por um lado, o especulador busca prever a direção de preços daquele ativo que está negociando.
Já o investidor se preocupa não com os preços daquele ativo em si, mas sim, com os fluxos de caixa gerados por aquele ativo.
Ou seja, todos aqueles ativos que não geram caixa não podem ser considerados investimentos.
Por exemplo, dólar, ouro, opções e terrenos, são essencialmente aplicações especulativas.
Estes ativos não geram dinheiro. Um dólar será sempre um dólar. Um grama de ouro será sempre uma grama de ouro. E um pedaço de terra continuará sendo o mesmo pedaço de terra.
Já no caso de ações, por exemplo, o cenário é diferente. Ações são a menor fração do capital de uma Sociedade Anônima (S/A) listada em bolsa de valores.
E as empresas possuem atividades na economia real, gerando receitas e lucros para os seus acionistas.
Veja que isso nada tem a ver com as condições de negociação das ações.
Por exemplo, o preço de uma ação não diz nada a respeito sobre a empresa que aquela ação representa.
Para entender a empresa é preciso estudar o negócio em si, por exemplo:
- Como a empresa ganha dinheiro
- Quais são seus concorrentes
- Como está sua dívida
- Quem são os gestores
- Quais as perspectivas do negócio
As razões do investidor
Todo esse trabalho de entender os fundamentos de um ativo que gera caixa se chama de análise fundamentalista.
E por que a análise fundamentalista é importante?
Porque no longo prazo o preço pago em função da geração de caixa é o que irá determinar o retorno do investidor.
Um preço barato em relação a muito caixa no futuro é o pilar básico da estratégia do Value Investing.
Sim, é isso mesmo.
O acionista de uma empresa ganha de duas formas, que é recebendo dividendos e através da valorização da ação.
Os dividendos são uma parte dos lucros da empresa distribuídos ao investidor.
Se você se interessa em receber dividendos, não perca a leitura do Guia Suno Dividendos!
Já a valorização da ação irá depender do crescimento dos lucros do negócio.
Esta é uma relação verificada historicamente. E não poderia ser diferente, já que ações representam a propriedade de uma empresa, que irá valer mais à medida que lucra mais.
Existem também outros investimentos que geram renda, como é o caso dos fundos imobiliários.
[sta_anchor id=”riscos” /]Riscos da especulação
Não há dúvidas de que a especulação é algo muito mais sedutor do que os investimentos de longo prazo.
Afinal, existem casos de pessoas que ganharam fortunas em pouco tempo enquanto a maioria dos investidores de sucesso já tem cabelos brancos.
É possível ficar muito rico muito rápido especulando? Sim, é possível.
Só que é improvável. Não existe dinheiro fácil.
Investir a longo prazo também não é garantia de sucesso. Mas pelo menos você coloca as chances a seu favor.
São muito raros os casos de pessoas que enriqueceram no curto prazo e mantiveram esta riqueza com base na especulação.
Por outro lado, é possível encontrar diversos casos de investidores que enriqueceram a longo prazo, com base na análise fundamentalista.
Aliás, esta é a visão da Suno: enriquecer lentamente, mas com segurança.
Veja o que Luiz Barsi, um dos maiores investidores da bolsa, pensa sobre o processo de acumulação de riqueza:
Se você estiver disposto a fazer o que o Barsi recomenda, poderá se beneficiar enormemente das recomendações de ações e fundos imobiliários, elaboradas pelos especialistas da casa.
É importante mencionar que é muito difundido, no mercado, a ideia de com a especulação, o risco de perda é mais do que compensado pela possibilidade de um ganho enorme, caso contrário, haveria pouca motivação para especular.
A Suno não concorda com esta afirmação.
Porém, é preciso que se fique bem claro que a probabilidade de perda de capital, no curto prazo, é estatisticamente muito mais intensa do que as possibilidades de ganho, tornando, portanto, essa atividade altamente arriscada, ainda mais para pessoas que não possuem experiência no mercado.
Mas por que especular é tão arriscado assim?
Veja abaixo alguns motivos.
Competição
Vale reforçar que a maioria das pessoas físicas que entram na bolsa de valores, por exemplo, possuem esta mentalidade ao aplicarem seus recursos.
E, portanto, ao mesmo tempo em que alguém está apostando na valorização do ativo, sua contraparte está apostando na desvalorização desse ativo.
Além, é claro, existirem participantes mais sofisticados como os fundos quantitativos, e outros especuladores profissionais.
Por estes motivos, especular é uma atividade bastante competitiva e de soma zero.
Alavancagem
Ninguém é obrigado a tomar dívidas para especular.
Entretanto, algumas pessoas, por inexperiência, ganância, ou uma combinação dos dois, buscam alavancar suas aplicações para tentarem ganhar mais dinheiro.
Isto adiciona um risco a mais na operação, podendo leva-las a falência completa.
Custos operacionais
Sempre que alguém decide negociar algum ativo, irá pagar corretagem e outras taxas.
Portanto, especular custa caro. Pois a cada movimento de compra ou venda, este especulador estará deixando uma parte do seu capital para a corretora.
Dessa forma, quem quiser operar freneticamente, terá que ter um índice de acertos muito alto para compensar todos esses custos de transação.
Conflitos de interesse
Infelizmente, grande parte do mercado de capitais é contaminada por conflitos de interesse.
Como as corretoras e a própria bolsa de valores lucram com atividades especulativas, ao invés do investimento, é compreensível que estas instituições fomentem este tipo de atividade.
Não são raros os casos de corretores que estimulam os clientes a girarem sua carteira com frequência, pagando altas taxas de corretagem.
Nos piores casos estes profissionais mal intencionados estimulam a negociação em ativos mais arriscados, que porventura sejam mais caros para negociar.
Some-se a isso a dezena de cursos de trading e gurus do mercado, que tentam ensinar técnicas infalíveis para ganhar dinheiro rapidamente.
É lógico que não é culpa somente da oferta. Existe muita demanda para trading, especulação, e promessas de dinheiro rápido.
Mas como costuma dizer o Tiago Reis, CEO e fundador da Suno, a única forma de ganhar dinheiro rápido é vendendo promessas de dinheiro rápido para quem acredita nisto.
Tempo de acompanhamento
Quem costuma realizar operações especulativas necessita perder grande parte do dia para acompanhar o mercado e negociar ativos.
Processos dessa natureza, como mencionados anteriormente, apresentam altos riscos e são, em muitas vezes, responsáveis pelas altas volatilidades que podem ser observadas em praticamente todos os mercados de renda variável do planeta.
Como o mercado é muito volátil, existe a necessidade de ter uma proximidade maior com o mercado.
Além disso, não é raro que estas pessoas tenham estresse e prejudiquem sua qualidade de vida.
Formação de bolhas
Além disso, é por conta da especulação que, na maioria das vezes, as famosas bolhas financeiras são formadas nos mercados.
Diante da ilusória promessa de altos ganhos em curtos espaços de tempo, as pessoas acionam o efeito manada e seguem a tendência, sem ao menos se questionarem a respeito dos riscos que tais desenvolvimentos podem vir a oferecer.
E o comportamento de manada também está presente quando estas bolhas estouram, e os investidores correm um atrás dos outros para se desfazerem de seus papéis.
Promoções para o investidor de longo prazo
É coerente perceber, entretanto, que para os investidores simpatizantes do Value Investing, ou seja, os que aderem ao modelo de investimento de ninguém menos que Warren Buffett, os movimentos especulativos, de certa maneira, não deixam de ser positivos para eles.
Isso pode ser uma verdade se analisarmos o fato de que, diante de movimentos especulativos de alta, na maioria das vezes observa-se, em seguida, fortes movimentações de baixas nos preços dos ativos, devido a motivos muitas vezes sem nenhum racional.
Quedas de curto prazo podem ser algo bom para o investidor de longo prazo
Para quem investe com o foco no longo prazo, é intuitivo entender que, em cenários de queda, as oportunidades surgem aos montes.
Logo, para um investidor de valor, a existência de movimentos especulativos pode ser entendida, também, como necessários para a desenvoltura de suas estratégias de investimentos.
Por estes motivos, a presença dos especuladores na verdade é algo bom para quem busca investir a longo prazo.
Se todos tivessem a mesma mentalidade, provavelmente não seria possível auferir retornos acima da média com tanta facilidade.
Algumas pessoas podem se perguntar:
Se o investimento a longo prazo é tão bom assim, por que não é tão difundido?
Esta é uma ótima questão.
Na verdade, como foi visto anteriormente, não é de interesse da indústria geral do mercado financeiro divulgar estratégias em que apenas um lado tenda a ganhar.
Além disso, o Brasil possui um histórico de altas taxas de juros, que não incentivam a aplicação em renda variável.
Isto sem falar no baixo nível de educação financeira do brasileiro.
Felizmente, a realidade está mudando.
Já surgiram casas de análise independentes, como é o caso da Suno, e a taxa de juros vem diminuindo ao longo do tempo.
Desta forma, é questão de tempo até que a democratização do investimento a longo prazo atinja cada vez mais pessoas.
Infelizmente, menos de 0,3% da população investe diretamente através da bolsa de valores.
Existe muito dinheiro parado em renda fixa, dentro dos bancos.
E uma das missões da Suno é que esta poupança acumulada migre para o mercado de capitais de forma sensata, sempre visando a parceria a bons negócios.
[sta_anchor id=”conclusao” /]Conclusão sobre a especulação
Sem dúvidas, especulações são perigosas e podem ser sinônimo de desastre financeiro para muitas pessoas e, por conta disso, é recomendável que esse tipo de prática seja descartada de imediato por aqueles que vislumbram o sucesso em suas aplicações financeiras em um horizonte de longo prazo.
O investimento, ao invés da especulação, se provou o melhor caminho para enriquecer. E provavelmente será para você também a forma de alcançar sua independência financeira.