Aplicando em Euro: Qual a dinâmica desse investimento no longo prazo?

Esta é a moeda oficial da zona do Euro, a qual é formada por 19 países dos 28 estados-membro da União Europeia. Essa moeda também é utilizada de forma oficial pelas instituições da União Europeia.

Além disso, o Euro é atualmente considerado a segunda maior moeda de reserva do mundo, além de ser a segunda moeda mais transacionada.

O investimento em moedas estrangeiras é muito solicitado no Brasil, principalmente para aqueles investidores que acreditam na desvalorização do real frente a essas moedas e, por isso, essa moeda faz parte desse portfólio de aplicação que objetiva a diversificação dos investimentos.

É importante ressaltar, entretanto, que as cotações dos mais diversos tipos de moedas variam ao longo do tempo e, por conta disso, nenhum rendimento é garantido na hora da sua aplicação.

Na maioria dos casos, quanto maior a inflação monetária em um país, maior é a oferta de dinheiro no mesmo, fazendo-o perder valor, pela lei básica da oferta e demanda.

Dessa forma, países que afrouxam suas metas de inflação e a deixam subir, normalmente têm suas moedas desvalorizadas, como o Real foi, no auge dessa última crise interna e no pico mais alto da inflação.

O Euro é investimento ou reserva de valor?

Um ponto interessante e que merece destaque, é que moedas estrangeiras não são ativos produtivos, então, não é comum que esses mecanismos financeiros se valorizem significativamente no longo prazo.

Dessa forma, o investidor que deseja investir nesta moeda, deve ter em mente que não está comprando um investimento, mas sim uma reserva de valor.

Nos últimos anos a Europa vem sofrendo para apresentar crescimentos consistentes, no entanto, espera-se que os países membros desse bloco cresçam com o passar do tempo, pois uma recuperação é esperada após longos reajustes e afrouxamento monetário desde a crise de 2008.

Dessa forma, se o investidor compreender qual a real situação macroeconômica de um país e quiser lucrar com essa oportunidade, ele pode aplicar os seus recursos nesta forte reserva de valor ou em outra qualquer moeda, pensando na dinâmica desses países envolvidos e suas respectivas políticas monetárias.

Agora, é preciso que nosso leitor se atente ao fato que investimentos em moedas envolvem riscos significativos e devem ser feitos preferencialmente por investidores experientes no mercado.

Para aqueles que, mesmo assim, ainda desejam adentrar nessa moeda, existem duas formas de se aproveitar dessa recuperação:

Uma é investindo propriamente nesta moeda europeia, e a outra é investir em empresas predominantemente europeias.

Como comprar?

A compra e venda de moeda estrangeira deve ser feita por meio de bancos e/ou instituições financeiras credenciadas para tal.

No caso dos bancos, há agências especializadas (e são as únicas que poderão lhe ajudar nisso!) conhecidas como agências de câmbio.

Existem duas modalidades de compra de moedas estrangeiras:

Uma na modalidade turismo, que é utilizada nas viagens turísticas ou compras no exterior. Na hora de comprar essa moeda, você precisa do dinheiro em espécie, que a casa de câmbio na sua cidade precisa ter para comercializar.

Essa necessidade de ter o papel moeda torna a operação mais cara.

A outra é a modalidade comercial, é a opção usada para negociar contratos de importação e exportação de empresas brasileiras e estrangeiras. Também é usada para transferências financeiras e operações do governo, como as reservas internacionais de Euro.

A categoria envolve a movimentação de grandes somas de dinheiro a um custo baixo para ser operado, o que explica sua cotação mais baixa.

Conclusão

O investimento nessa moeda deve ser encarado como uma reserva de valor, caso o aplicador brasileiro acredite que o Real desvalorizará no curto e médio prazo.

Desaconselhamos àqueles que procuram especular frequentemente em moeda estrangeira, pois poucas são as operações de sucesso no longo prazo.

É preferível que a maior parte do patrimônio do investidor esteja alocado em investimentos produtivos, ou seja, aqueles que produzem bens ou serviços e gerem dividendos a seus cotistas, o que não é o caso do Euro e nem de qualquer outra moeda utilizada no planeta.

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Tiago Reis
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