Fiikipedia: Perguntas e reflexões importantes sobre seus fundos imobiliários
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Com mais de 35 anos de experiência, Moise é engenheiro civil e gestor autorizado pela CVM. Foi sócio fundador da BFRE, empresa pioneira no segmento financeiro-imobiliário no Brasil e trabalhou em diversas instituições financeiras, como Chase Manhattan Bank, BTG Pactual, Banco Pan e Banco Ourinvest. Participou da criação do primeiro fundo de CRI do Brasil. Participou de mais de 50 operações de FIIs
Conforme comentei na semana anterior, estou fazendo uma abordagem diferente, até como forma de provocar a reflexão por parte dos investidores que buscam investir em FIIs com foco previdenciário – é cada vez mais importante conhecer o que origina a renda para que haja mais conforto e segurança nas escolhas.
Já pudemos levantar algumas questões, e hoje trago mais alguns pontos para que todos vocês possam se interessar em estar por dentro do que há por trás daquelas quatro letrinhas de cada um dos fundos imobiliários.
Dando sequência – PARE E REPARE em mais estes pontos:
- Qual a receita global dos FIIs da sua carteira, ou seja, quantos milhões de reais todos os seus fundos imobiliários geram por mês?
- Quanto tempo você gasta por mês para acompanhar cada fundo de sua carteira?
- Em caso de gestão passiva: Quanto tempo você gasta por dia (ou semana) fazendo compras (abastecendo) sua carteira?
- Em caso de gestão ativa: Quanto tempo você gasta por dia comprando e/ou vendendo fundos? Dica: experimente ligar um cronômetro assim que “startar” um trade.
- Quantas vezes você já ficou sem dormir (ou dormiu mal), em função de alguma escolha que tenha feito no decorrer do dia?
- Quanto tempo você fica “pendurado” no Home Broker ou nos principais portais de notícias em busca de informações que possam nortear suas decisões?
- Qual foi a última vez que você leu todos os relatórios de todos os seus fundos? E o que é mais importante para você: Ler os relatórios ou ficar buscando notícias na Internet?
- Se você possui fundos de papel, você já teve a curiosidade de conhecer pelo menos umas 3 operações que geraram os CRIs que estão dentro dele? Não precisam ser “todas”. Apenas 3 ou 4. Já?
- Até que ponto a liquidez em alguns fundos é um “impeditivo” para que você o tenha em carteira? Já leu no relatório qual o giro mensal dele e avaliou, de fato, se é compatível com sua necessidade?
- Quando você faz alguma operação que lhe gera lucro, qual o real impacto (descontando custos e impostos) no seu patrimônio global?
- Na sua lista de “favoritos”, estão quais FIIs? Percebeu que “pouco” tem a ver com porte, diversificação, etc?
- Numa escala de Zero a 10,0, qual a nota que você dá para cada um de seus FIIs? Não é estranho você ter, na mesma carteira, FII com nota 10,0 e outro com nota 2,0, por exemplo, ou você não se incomoda com isso?
- Numa escala de Zero a 10,0, qual a nota que você dá para a categoria FIIs dentro da sua carteira global (imóveis, RF, Ações, etc.)
Meu principal objetivo não é criticar (ou cutucar) pessoas que não sabem onde estão colocando seu dinheiro.
Meu foco foi mostrar que conhecer os ativos nos ajuda a criar uma hierarquia de valores na hora de fazermos escolhas e reforça, a cada dia, nossa estratégia em investir nos FIIs.
A principal diferença ao optar por ativos geradores de renda é justamente perceber que não recebemos juros, simplesmente.
Recebemos renda.
Estes ativos imobiliários, de alguma forma, produzem para gerar riqueza a várias pessoas, inclusive você.
