Financiamento estudantil: Qual o preço para se estudar?
Ingressar em um curso superior se tornou algo mais fácil nas últimas décadas, especialmente por conta das facilidades do financiamento estudantil.
Mas, para quem não tem dinheiro aplicado em fundos de investimento, um financiamento estudantil pode ser o caminho para alcançar o sonho da graduação.
O financiamento estudantil é um crédito concedido para o pagamento dos estudos do beneficiado. Geralmente, o valor emprestado começa a ser pago ao financiador apenas após a conclusão do curso para o qual foi solicitado.
O financiamento estudantil pode abranger o total do valor a ser gasto com o curso em questão ou apenas uma parte deste montante.
Financiamento estudantil governamental
No Brasil, o mais famoso dos financiamentos estudantis voltados à graduação é o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Por meio dele, os estudantes que já concluíram o ensino médio podem ter financiadas pelo governo as mensalidades – integrais ou parciais – de uma instituição de ensino privado.
Este valor investido será parcelado e o seu pagamento só será feito após a conclusão do curso.
Esta opção é interessante especialmente para famílias de baixa renda por ser o financiamento mais barato do mercado.
Isso porque a taxa real de juros para estudantes cuja renda familiar seja de até três salários mínimos é zero.
Além do Fies, também é bastante conhecido o Prouni, que não é um financiamento, mas sim um programa de concessão de bolsas.
Com o Prouni, é possível obter bolsas de estudos integrais ou parciais subsidiadas pelo governo. Por serem bolsas, os valores das mensalidades cobertos pelo Prouni não precisarão ser pagos posteriormente.
Porém, quem só conseguir uma bolsa parcial pelo programa e não tiver como arcar com o restante da mensalidade, poderá recorrer ao Fies para financiá-lo.
Este serviço é voltado a estudantes de baixa renda.
Por isso, a burocracia deste financiamento é grande, então é bom estar munido de todos os documentos necessários para não perder a vaga.
Financiamento estudantil privado
Além do governo, diversos bancos privados também oferecem opções de financiamentos estudantis.
O percentual financiado varia de acordo com cada banco ou financiadora, assim como o prazo para o pagamento e as taxas de juros.
Em alguns casos, há a incidência de IOF sobre a transação, o que encarece o financiamento.
O Santander, por exemplo, oferece um financiamento focado em estudantes de medicina.
Para obtê-lo é preciso ser correntista do banco, estudar em uma universidade reconhecida pelo MEC e apresentar no mínimo um avalista.
Para este empréstimo, a taxa será de 1,59% a 2,29% ao mês.
O Bradesco, por sua vez, oferece opções de financiamento estudantil que cobrem desde a graduação até pós-graduação e intercâmbios.
De acordo com o banco, este financiamento é semestral. Então, a cada novo período será preciso fazer um novo financiamento.
Além disso, a instituição de ensino precisa fazer parte das faculdades conveniadas com o banco.
No caso do Itaú, o financiamento é feito a partir do PraValer, programa de financiamento estudantil recém adquirido pelo banco.
As regras para aderir a ele incluem a necessidade de um fiador, comprovação renda maior que o dobro do valor do curso e não ter nome incluso em listas de inadimplentes, como SPC/Serasa.
Fora os bancos, ainda é possível financiar os estudos diretamente com a instituição de ensino privada.
Muitas faculdades e universidades oferecem programas de financiamento internos, que podem (ou não) ser mais vantajosas do que recorrer a um banco.
Como as opções para quem deseja aderir a um financiamento estudantil são muitas, vale à pena conferir as condições de cada um.
Entretanto, vale lembrar que, melhor do que obter um financiamento estudantil, é investir dinheiro para pagar o estudo quando este for necessário, sem contrair dívida alguma.