A empresa de armamentos Forjas Taurus apresentou seus resultados na última semana, com números extremamente preocupantes.
A Receita Líquida da Companhia por exemplo, recuou 8,5% no período, impactada por péssimos desempenhos tanto no mercado interno, quanto no externo.
A Taurus apresentou mais uma vez um Ebitda negativo, desta vez em R$ -4,7 mi, deixando clara a dificuldade da empresa em gerar caixa operacional líquido.
Assim, a Companhia teve um prejuízo líquido de R$ 25,5 milhões no 2T17, revertendo o lucro obtido no 2T16 de R$ 14,6 mi.
Além disso, algo extremamente preocupante e que reforça nossa visão negativa sobre a empresa e convicção sobre a situação extremamente adversa que vive a Forjas Taurus, é o fato de que neste 2T17 a empresa passou a atrasar o pagamento aos seus fornecedores, justamente pela geração de caixa comprometida, visto que a retração de vendas do mercado externo acabou a impactando ainda além do esperado.
A Taurus finalizou o trimestre com um caixa de R$ 11,7 mi, bastante abaixo dos R$ 23 mi observados no 1T17, um patamar preocupante que demonstra fragilidade e que deve continuar levando a empresa a atrasar pagamentos.
Normalmente uma das primeiras evidências de que uma empresa se encontra em uma situação muito delicada é justamente a inadimplência, que deram o nome carinhoso de “postergação” de pagamento aos fornecedores.
Não bastasse isso, a empresa tem até junho de 2018 cerca de R$ 127 milhões em dívidas a serem pagas entre juros e amortizações, algo totalmente fora da realidade atual da Companhia.
Como uma empresa que não vem gerando caixa operacional com consistência, possui um caixa de apenas R$ 11,7 mi, e ainda vem acumulando dívidas com fornecedores, conseguirá cumprir com este grande pagamento de dívidas, que representam mais de 10 vezes as suas disponibilidades atuais? Os credores devem estar preocupados.
Caso os credores não cheguem em um acordo com a empresa e não queiram renegociar a dívida, a Recuperação Judicial parece ser mesmo a saída mais factível para a Forjas Taurus.