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Guia de investimentos: quais as principais opções para você investir?

principais investimentos

Menos de 1/5 da população brasileira tem o hábito de poupar regularmente, e dessa parcela, uma fração ainda menor, investe seu dinheiro.

Para quem pretende juntar um capital e vê-lo multiplicar-se ao longo do tempo, saber as características básicas dos principais ativos disponibilizados no mercado financeiro brasileiro é de fundamental importância.

Uma das missões da Suno Research é levar conhecimento e educação financeira para que cada vez mais pessoas, e é por isso que no artigo de hoje trazemos uma abordagem ampla sobre algumas das principais alternativas para investir ao alcance do brasileiro.

Investimento em renda variável

Vamos começar abordando as alternativas de investimento em renda variável, nossa especialidade aqui na Suno Research, e onde acreditamos que com a orientação correta e disciplina, as pessoas tenham o maior potencial de ganhos no longo prazo.

Esse tipo de investimento se fundamenta no pilar de no momento da aplicação, o investidor não saber antecipadamente qual será o rendimento daquele investimento, ou ainda, se de fato haverá rendimento, isso porque o mercado de renda variável é cíclico, apresentando oscilações consideráveis ao longo do tempo.

Ações

Dentro da renda variável é um fato quase indiscutível que nenhum item tem mais destaque do que as ações.

As ações são um instrumento pelo qual empresas podem captar dinheiro no mercado para financiar suas atividades em por meio de um IPO, ou emissões.

Ao comprar uma ação você está se tornando sócio de um negócio, ajudando na sua construção e crescimento, o que por fim, acaba beneficiando toda a sociedade ao permitir que as empresas cresçam ao se tornarem companhias de capital aberto, aumentando o número de empregos, impostos, gerando riquezas e inovações para a humanidade como um todo.

Sem a venda de ações no mercado de capitais, gigantes como Google, Apple, Amazon ou Microsoft provavelmente não existiram como são hoje, uma vez que foi justamente a venda de ações que permitiu a essas empresas captarem os recursos necessários para crescerem.

Investindo em ações existem dois modos básicos de se ganhar: o primeiro e o mais simples deles é através da venda das ações por um preço acima daquele que você pagou quando comprou as ações incialmente, é o ganho com a valorização.

Já o segundo modo é através do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JSCP). Quando as empresas crescem e se tornam bastante lucrativas, elas podem distribuir parte dos seus lucros aos acionistas através desses proventos.

Assim é importante que ao investir em ações você sempre analise o potencial de crescimento daquele negócio, para garantir que no futuro você realmente ganhe com aquele investimento.

 

Lembre-se: investir em ações é se tornar sócio de um negócio, e você só quer se tornar sócio de bons empreendimentos.

Esse é o principal pilar de investidores que, como nosso mentor Luiz Barsi e ninguém menos que Warren Buffett, focam sua estratégia de investimentos no Value Investing

BDRs

Dentro das ações, existe uma categoria bastante interessante para o investidor que quer diversificar seus investimentos, alocando recursos em empresas estrangeiras de forma simples: são as BDRs.

As BDRs ou “Brazilian Depositary Receipts”, são ações de empresas estrangeiras negociadas na bolsa brasileira, já temos aqui em nosso site um artigo bem completo onde abordamos essa modalidade de investimento e que recomendamos para todos os que queiram diversificar sua carteira de ativos com empresas estrangeiras.

Fundos Imobiliários

Apesar do investimento em imóveis ser um dos preferidos dos brasileiros, os fundos imobiliários ainda são desconhecidos de grande parte da população, inclusive de uma parcela dos investidores de ações.

Esses fundos funcionam quase que da mesma forma que as ações, porém, com uma diferença: você se torna sócio de um empreendimento imobiliário.

Temos aqui em nosso site um guia completo a respeito dos chamados FIIs (Fundos Imobiliários), por isso não iremos nos alongar muito na explicação nesse artigo, mas caso você busque um alinhamento entre renda recorrente e segurança, os fundos imobiliários são uma alternativa bastante interessante.

Fundos de investimento

Os Fundos de Investimento são uma alternativa para aqueles que querem investir em renda variável, mas não sabem ou querem fazer todo o processo de construção e gestão de uma carteira de ativos.

Ao investir em um fundo, você está na verdade comprando uma cota de participação, essa cota se torna recursos que o gestor do fundo pode usar para investir de acordo com algumas regras pré-definidas para cada tipo de fundo.

De forma resumida, é como se você terceirizasse a responsabilidade pelo processo de escolher e investir em bons ativos.

Assim, você ganha com a valorização da sua cota, a medida que o gestor do fundo faz bons investimentos, e em contrapartida, o gestor ganha através das taxas de administração e performance do fundo.

A taxa de administração é uma taxa fixa cobrada pela gestão do fundo para administrar os recursos investidos, (normalmente em torno de 2% ao ano), enquanto que a taxa de performance é uma porcentagem extra que o fundo recebe sempre que ele tem um desempenho superior a um benchmark.

ETFs

Os ETFs (Exchange Trade Funds) são um tipo especial de fundo de investimento.

Diferente de um fundo comum que investe em uma variedade de ativos de acordo com o que a sua gestão considerar mais adequado, os ETFs são fundos que seguem regras bem mais objetivas, replicando a composição de algum índice do mercado, como por exemplo o Ibovespa.

Uma das vantagens de se investir em um ETF é que ele permite que você possa mitigar seus riscos de investimento, uma vez que eles são compostos por diversos ativos.

Outra vantagem das ETFs em relação aos fundos convencionais é o fato de normalmente terem taxas muito menores para o investidor, se tornando assim uma forma barata de diversificar sua carteira de investimentos.

Opções

Por fim, chegamos às opções ou derivativos.

Os derivativos são considerados como “a arma de destruição em massa do mercado de capitais” por Warren Buffett, e isso tem um motivo bem simples: seu elevado risco.

Existem dois tipos básicos de opções: as opções de compra (Calls) e as opções de venda (Puts).

As chamadas ou “Calls” permitem que você compre um determinado ativo por um preço preestabelecido em uma determinada data.

Ou seja, caso você tenha uma opção de compra que diz que você pode comprar uma ação da Petrobras por R$13,00, quando chegar o dia de vencimento dessa opção, você, caso queira, poderá comprar a ação por esse valor, independentemente do valor que ação estiver sendo negociada naquele momento.

Da mesma forma, as opções de venda ou “Puts”, fazem o mesmo papel, porém no sentido de permitir que você venda um ativo a um preço predeterminado em uma data especifica, independentemente do valor pelo qual aquele ativo esteja sendo negociado naquele momento.

É importante lembrar que esses são ativos extremamente voláteis, e que apesar de poderem ser usados em estratégias de proteção da carteira, também podem levar investidores a falência em curtíssimo prazo, sendo um dos causadores da grande crise do mercado americano em 2008.

Por isso, é um tipo de investimento recomendado somente para investidores mais experientes.

Investimento em renda fixa

O conceito de renda fixa, basicamente, se faz pelo fato de o investidor conseguir ter uma boa noção, no momento da aplicação financeira, do rendimento que esse investimento terá no final do prazo estabelecido, ou seja, no momento do seu resgate.

Geralmente essa classe de ativos é considerada por muitas pessoas como sendo mais segura e conveniente, sendo assim bastante utilizada pela grande maioria dos investidores em nosso país.

Em um outro artigo, fizemos um breve comentário sobre a compensação ou não da aplicação nesses tipos de investimentos renda fixa, e enaltecemos sua ligação direta com a Taxa Selic, o que faz a sua rentabilidade, no fundo, não ser tão “fixa” assim, o que nos motivou a escrever outro artigo abordando onde investir com a selic em queda.

Dentre os tipos de ativos que são classificados como renda fixa, podemos comentar bem superficialmente as características de alguns deles, que geralmente são atribuídos como os mais conhecidos e utilizados pela população brasileira como um todo.

Poupança

Este é o investimento mais popular do Brasil, onde o investidor literalmente empresta dinheiro para o Governo a juros relativamente bem baixos, através de um banco, para financiar o setor imobiliário e agrícola.

Dentre suas principais vantagens está a característica de ser um investimento isento de Imposto de Renda, além de apresentar alta liquidez e ser garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para uma quantia de até R$ 250 mil.

Sua desvantagem é o fato dessa aplicação apresentar uma rentabilidade muito baixa, e, apesar do baixíssimo risco, existe a remota possibilidade de a instituição financeira vir a quebrar ou o governo intervir e bloquear a quantia aplicada.

Título de Capitalização

Esse tipo de investimento apresenta como característica ser um título de crédito, com o objetivo de formação de uma aplicação, mas com um caráter lotérico, de sorteio de prêmios. O investidor, portanto, faz o “investimento” na esperança de ser sorteado e receber uma quantia acumulada como prêmio.

Apesar de não apresentar muitas vantagens, esse tipo de aplicação pode criar uma disciplina para formação de uma poupança financeira.

Como desvantagens, pode-se destacar que a chance de sorteio é menor que a loteria, além de ser cobrada taxa de administração para essa aplicação, além de apresentar carência para resgate e uma rentabilidade menor que poupança.

Debêntures

Resumidamente, esses são títulos de dívidas emitidas por empresas não financeiras, ou seja, o investidor empresta dinheiro para empresas financiarem suas atividades.

Como vantagens, as debentures apresentam boas rentabilidades, grande variedade de emissores, assim como acompanhamento da área de análise das empresas.

Suas desvantagens se fazem perante o risco de a empresa quebrar e a sua baixa liquidez, ou seja, o risco do investidor não conseguir vender as debêntures ao preço desejado antes do vencimento.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Estes são títulos de crédito emitidos por instituições bancárias, os quais o investidor empresta dinheiro para os bancos como forma de captação para os mesmos.

Seus pontos positivos são sua alta liquidez, além da garantia de até R$ 250 mil pelo FGC e sua rentabilidade histórica muito acima da poupança.

Já como pontos negativos estão no fato de existir o risco do banco emissor do CDB em questão vir a quebrar no caso de o valor investidor ser maior que o assegurado pelo FGC.

Letra de Crédito Imobiliário (LCI)

Estes ativos têm como características serem títulos de crédito de emissão privativa de instituições financeiras que atuam na concessão de crédito imobiliário, dessa forma, o interessado nessa aplicação empresta o seu dinheiro para que a instituição conceda crédito imobiliário para terceiros.

Os LCI’s apresentam isenção de Imposto de Renda, além de serem também garantidos em até R$ 250 mil pelo FGC e são uma boa alternativa de diversificação na carteira de quem investe.

Em contrapartida, apresentam o risco de a instituição financeira quebrar, o que pode ser um empecilho para quem pretende investir acima de R$250 mil nesse tipo de ativo.

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

Resumidamente, esses ativos são títulos de crédito emitidos exclusivamente por instituições que atuam na concessão de crédito a produtores rurais e cooperativas.

Assim como as LCI’s, as LCA’s também são isentas de Imposto de Renda, assim como são protegidas pelo FGC e apresentam rentabilidades interessantes. Seus riscos se fazem no fato de a instituição financeira vir a quebrar quando investido valores acima do assegurado pelo FGC.

Títulos Públicos

Estes são títulos emitidos pelo Governo Federal por meio do Tesouro Nacional com a finalidade de captar recursos para financiar a dívida pública e as atividades como educação, saúde e infraestrutura.

Sua principal vertente é o Tesouro Direto. Neste artigo comentamos suas principais características, assim como custos, tributação, tipos de títulos e uma tabela atualizada de suas rentabilidades e vencimentos.

No geral, os Títulos Públicos apresentam uma rentabilidade muito superior a poupança, além de serem considerados os títulos mais seguros do mercado pois contam com a garantia do Governo Federal.

De maneira resumida, estes são os principais ativos que podem ser classificados como pertencentes à categoria Renda Fixa.

É fácil perceber que, apesar de terem rentabilidades não tão atrativas, o fato de apresentarem segurança conta muito na tomada de decisão de um investidor no momento de escolher em quais ativos aplicar seus recursos.

Como podemos te ajudar?

Como falamos no começo desse artigo, um dos nossos papeis na Suno Research é a divulgação de conhecimento e educação financeira, algo que fazemos através de artigos como esse.

Porém, também oferecemos através da nossa assinatura premium o acesso a recomendações de investimento para nossos clientes.

São relatórios onde abordamos de forma detalhada, os melhores ativos para que você possa investir, indicando potenciais de ganho, risco, o preço ideal a ser pago, e até mesmo quanto do seu patrimônio você deveria investir em cada ativo.

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