Hayek: descubra as ideias de um dos fundadores da escola austríaca

Você já ouviu falar em Friedrich August von Hayek?

Hayek foi um dos grandes nomes da economia do século XXI. Com contribuições tanto para área da microeconomia quanto para a área da macroeconomia.

Friedrich August von Hayek foi um economista austríaco e é considerado um dos fundadores da escola austríaca de pensamento econômico. Ele se notabilizou pelas defesas a respeito do liberalismo econômico, e pelas suas teses a respeito do papel do governo na economia.

A biografia de Hayek

Hayek

O economista austríaco nasceu em Viena no ano de 1899. Filho de uma família nobre, o seu pai era professor, profissão que também viria a escolher no futuro.

Ele chegou a servir o exército durante a primeira guerra mundial.

O ponto mais curioso de sua biografia é que, após a primeira guerra mundial, Hayek se tornou um defensor das ideias socialistas.

Embora fosse um socialista moderado, que não defendia as revoluções armadas, ele era um grande entusiasta do controle do estado na economia.

Contudo, influenciado principalmente pelas ideias do economista von Meses, Hayek posteriormente veio a admitir a sua falha de pensamento e se tornou um grande defensor do liberalismo.

Aos 23 anos ele já era doutor em direto e em economia política. Depois, passou a lecionar em diversas faculdades da Europa, dentre elas a renomada London School of Economics.

A ideia principal do economista era de que a economia deveria funcionar livremente e sem intervenções estatais. De acordo com ele, um planejador central (estado), mesmo que bem intencionado, estaria destinado ao fracasso.

Isto ocorre pois, como uma economia é muito dinâmica, o planejador nunca poderia tomar as melhores decisões para todos os indivíduos.

Dessa forma, ela argumenta que os indivíduos deveriam ser responsáveis pelas decisões econômicas. Sendo que cada indivíduo se especializaria onde tivesse maior grau de conhecimento.

Assim, segundo ele, a economia caminharia para o desenvolvimento de longo prazo.

A economia se ajustaria, principalmente, de acordo com variáveis, sendo a principal delas o preço.

É possível resumir alguns dos pensamentos deste economista nos seguintes pontos:

  • Ausência da intervenção estatal
  • O preço como variável do ajuste
  • O indivíduo como capaz de tomar a melhor decisão econômica

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A disputa com o Keynes

Um dos episódios que mais projetou o economista austríaco foi o seu debate com o economista britânico John Keynes.

Pode-se dizer que os dois eram defensores de correntes conflitantes.

Enquanto Keynes defendia a atuação estatal para conter crises na economia, o Austríaco defendia o ajuste automático dos mercados.

De acordo com o grande nome da escola austríaca, a intervenção defendida por Keynes somente serviria para causar a inflação e adiar a recessão.

Ainda segundo ele, esse tipo de política poderia, inclusive, agravar as recessões econômicas.

Para exemplificar o argumento de Hayek suponha que o governo, para vencer uma recessão, aumente consideravelmente os seus gastos.

Isto pode, em um primeiro momento, causar um alívio na economia. Porém, estes gastos podem causar grande déficits públicos, causando no futuro uma recessão ainda mais dramática.

Keynes, por outro lado, aponta que o aumento de gastos é necessário para elevar o emprego e assim fazer com que a economia retome o crescimento.

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Até hoje questões como essas são amplamente discutidas, inclusive entre economistas renomeados.

É inegável, portanto, a influência de Hayek sobre a economia contemporânea, sendo este um dos fundadores de uma das principais correntes da economia na atualidade.

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Tiago Reis
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3 comentários

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  • EVALDO CÍCERO BUENO 5 de outubro de 2019
    Seu livro A ESTRADA DA SERVIDÃO é um libelo contra as ideias socialistas. Esse livro, escrito em 1944, previu toda a derrocada do socialismo e toda a tragédia daqueles que se mantiveram defendendo a intervenção do governo na economia, a exemplo do Brasil de hoje.Responder
    • Espedito 23 de abril de 2020
      Mas hoje com a crise da pandemia causada pelo COVID-19, os bancos exigiram e foram atendidos com uma ajudinha de 1,2 trilhão de reais, então onde está o Deus mercado para auto regular a economia. Por que as indústrias, comércio e até o hercúleo agronegócio de pires na mão rogaram pela intervenção do Estado na economia? Onde está a coerência com as idéias neo liberais? Ridículo. Tudo desculpa para implantar no mundo um sistema rentista que leva milhões de pessoas a miséria.Responder
  • Graziele 1 de julho de 2020
    verdade, e as pequenas empresas que são as que mais precisam e geram empregos ficam a ver navios.Responder

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