Com o passar dos anos, surgiram no Brasil novas modalidades de crédito, tanto para pessoas jurídicas como para pessoas físicas. Uma dessas modalidades é a home equity.
O home equity ainda não é tão popular no Brasil como em outros lugares, mas sua utilização vem crescendo. Esta modalidade permite que o pagamento seja realizado em um prazo elástico e com juros razoáveis.
O que é home equity?
Home equity é uma forma de crédito com imóvel de garantia. Com ele, o credor do empréstimo recebe, do devedor, um imóvel como forma de garantia pela operação, tornando-se dono dele até que se pague a dívida.
Assim, se dá um processo de alienação fiduciária com garantia de imóvel. O devedor transfere o imóvel para o nome do credor até que todas as parcelas da dívida sejam quitadas, acordo que é estabelecido contratualmente.
Como funciona o home equity?
O home equity surgiu no Brasil em meados dos anos 2000, quando já era mais conhecido em outros países. Normalmente, as características do home equity são as seguintes:
- Os juros são baixos, constituindo, em geral, menos de 2% mensais;
- É possível realizar o pagamento com 24 até 80 parcelas.
- Nos Estados Unidos, certas financiadoras permitem que a primeira parte seja quitada depois de 3 anos, o que é arriscado no sentido de que o devedor pode acabar se endividando.
Já quem pede o empréstimo pode utilizar o dinheiro da maneira que desejar. Algumas possibilidades de utilização são:
- Investimento em negócios;
- Conseguir capital de giro;
- Construir ou reformar;
- Quitar dívidas;
- Viajar.
Como é o processo de concessão de empréstimo pelo home equity?
Para conseguir este empréstimo, é necessário possuir um imóvel quitado em seu nome, uma vez que ele se baseia na garantia de imóvel.
Normalmente, o passo a passo dentro de um processo de crédito com home equity é:
- A financiadora recebe um imóvel de uma pessoa física como garantia;
- A financiadora libera para essa pessoa a quantia solicitada, na conta corrente, sem necessidade de haver uma finalidade específica;
- O imóvel permanece em nome da financiadora até que a última parcela do empréstimo seja paga. Então, o imóvel volta para o nome do ex-dono.
Riscos e regras do home equity
Por ser garantido por um bem físico, o risco desse tipo de crédito é menor. Mas por outro lado, existindo a inadimplência, o devedor pode chegar a perder o seu imóvel como parte do processo de execução da dívida.
Conforme a financiadora, as regras do home equity variam de acordo com o valor mínimo do imóvel, assim como valores mínimo e máximo do empréstimo. O comprometimento de renda do devedor no pagamento de cada mensalidade também pode variar, ficando, em geral, entre 25 a 30%.
Sendo assim, para que o imóvel dado em garantia não seja perdido, é necessário que o tomador do empréstimo mantenha uma bom planejamento financeiro para pagar as parcelas de sua dívida.
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Qual a relação entre home equity e hipoteca?
Home equity e hipoteca tradicional são modalidades de empréstimo com imóvel como garantia, mas não são exatamente a mesma coisa. Entretanto, considera-se que o home equity é uma forma de hipoteca.
A diferença entre home equity e hipoteca tradicional consiste na maneira como o contrato é cumprido:
- Home equity: a financiadora detém o imóvel por alienação fiduciária enquanto a totalidade da dívida não for paga;
- Hipoteca: o imóvel ou a propriedade continua como propriedade do credor. Isso representa problemas na esfera judicial, no sentido de as financeiras conseguirem receber a quantia liberada em casos de inadimplência.
Por isso, pode-se dizer que o home equity é um tipo de garantia mais sólida do que a hipoteca, já que a sua execução em caso de inadimplência não precisa passar por um processo burocrático. No final das contas, isso resulta em uma cobrança de juros menores.