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Keynesianismo: Descubra o que é esta concepção da macroeconomia

keynesianismo

Você sabia que muitas das discussões atuais sobre o papel do estado na economia atual envolvem o keynesianismo?

Por isso, é importante saber do que se trata o keynesianismo.

O keynesianismo é uma corrente econômica que tem como principal expoente o economista britânico John Keynes. Esta corrente se estabeleceu com o lançamento do livro “A teoria geral do emprego, do juro, e da moeda” por Keynes.

É importante ressaltar também que existe uma série de desinformações sobre a teoria keynesiana.

Como a obra de Keynes foi muito revisitada, muitas vezes são atribuídas à teoria keynesiana ideias que não são originalmente de Keynes.

Entre elas a de que o economista britânico seria um defensor de um estado absoluto e altamente atuante na economia.

Keynes era, na realidade, um capitalista e, dessa forma, alguém totalmente a favor da iniciativa privada. A sua principal divergência em relação aos economistas clássicos era em relação ao mercado de trabalho e em relação ao papel do estado para que a economia superasse recessões.

A base do keynesianismo

A base da teoria keynesiana foi desenvolvida na década de 30. Keynes observou principalmente os acontecimento relacionados à grande depressão americana de 1929.

O que acontecia na época antes da recessão era uma grande crescimento econômico. Este crescimento podia ser notado inclusive através da bolsa de valores dos Estados Unidos.

O crescimento segundo os economistas da época era totalmente sustentável. O entendimento da economia naquela época era de que “a oferta cria a sua própria demanda”. Ou seja, toda a produção da economia seria acomodada.

O boom de otimismo, porém, não acabou bem. A economia entrou em uma recessão que é até hoje muito estudada e debatida.

Os especialistas apontam como principais causas da crise o superaquecimento da economia e o saturamento da demanda.

O que se viu, então, foi um grande aumento do desemprego.

Ainda de acordo com a economia clássica, para curar o desemprego bastava que os salários se reduzissem. No entanto, mesmo com a redução dos salários o desemprego seguia aumentando.

Dessa forma, Keynes elaborou a sua teoria tendo como base que os empresários definiam a sua produção levando em conta a demanda efetiva.

Como a economia passava por uma recessão, com desemprego e falta de confiança, os empresários não investiam. Isto, por sua vez, gerava mais recessão e desemprego, em um ciclo vicioso.

A economia keynesiana passa a argumentar, então, que é necessário criar uma demanda artificial para romper este ciclo vicioso.

Assim, as bases keynesianismo podem ser consideradas:

Críticas ao Keynesianismo

São diversas as críticas à literatura de economia keynesiana. Entre as principais se destaca a inviabilidade de manter esta demanda artificial por um longo período de tempo, pois isso causa déficits no orçamento do governo.

Além disso, críticos apontam que Keynes subestimou o papel da inflação na confiança geral da economia.

Ainda, considera-se que assim como a década de 30 legitima boa parte do keynesianismo, o momento econômico de 1970, caracterizado pelo estagflação, pode ser considerado como um contraponto factual às teoria de Keynes. Ainda assim, o autor foi extremamente relevante para o estudo da macroeconomia e sua obra é até hoje muito estudada na área.

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