Mercado de opções: as principais características, funcionalidades e riscos

Quando uma pessoa decide aplicar seus recursos e procura conhecer melhor o mercado de renda variável, em algum momento, inevitavelmente, ela irá se deparar com a alternativa de investir em opções.

As opções são um tipo de mecanismo de valor financeiro através do qual, por um preço previamente estabelecido, o investidor negocia o direito de comprar ou vender um determinado ativo em uma data futura.

Entretanto, para possuir esse direito, o comprador em questão deve, primordialmente, pagar um determinado valor (prêmio) para aquele investidor que deseja vender as suas posições, no momento em que a operação é aberta.

Considerações importantes

O mercado de opções já foi citado como sendo “a arma de destruição em massa do mercado de capitais” por Warren Buffett, e isso tem um motivo bem simples: o seu elevado risco.

Para os investidores que, mesmo diante de tal declaração do maior investidor de todos os tempos se sinta motivado para aplicar neste mercado, é preciso que se entenda que existem dois tipos básicos de opções: as de compra (Calls) e as de venda (Puts).

Neste contexto, as chamadas “Calls” propiciam a tal investidor que o mesmo adquira um determinado ativo por um preço preestabelecido em uma data também pré-estabelecida.

Assim sendo, caso esta pessoa intencionada a operar neste mercado tenha uma opção de compra que diz que o mesmo pode comprar uma ação da Petrobras por R$13,00, quando chegar o dia de vencimento dessa opção, este investidor, caso assim deseje, poderá comprar a ação por esse valor, independentemente do preço que ação estiver sendo negociada naquele momento.

Da mesma forma, as “Puts” fazem o mesmo papel, porém no sentido de permitir que esse mesmo investidor venda um ativo a um preço também predeterminado em uma data especifica, independentemente do valor pelo qual aquele ativo esteja sendo negociado naquele momento.

Processo de operação das opções

Após esses processos de transações acima relacionados acontecerem, ou seja, ao serem determinadas as ordens de compra ou venda, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) e a B3, no final do pregão, registram o direito de compra do investidor que adquiriu a opção de compra e a obrigação de venda das ações pelo preço de exercício, assumida pelo investidor que vendeu a referida opção de compra.

Dessa forma, o comprador não é obrigado a comprar na data de vencimento, já o vendedor é obrigado a cumprir o acordo caso o comprador queira executar a operação.

Pode-se perceber, assim, que este tipo de estratégia pode melhorar em muito a rentabilidade de um ativo, mas também aumenta de forma significativa os riscos e a possibilidade de perdas.

Conclusão

A volatilidade das opções, o baixo custo, juntamente com a alavancagem, são fatores muito atrativos para investidores que se sentem confortáveis com operações que envolvem altos níveis de incertezas.

É importante lembrar que esses são ativos que, apesar de poderem ser usados em estratégias de proteção da carteira, também podem levar investidores a falência em curtíssimo prazo, sendo este, inclusive, um dos causadores da grande crise do mercado americano em 2008.

Por isso, este é um tipo de investimento recomendado somente para investidores mais experientes e, por conta disso, o mercado de opções é geralmente recomendado para quem acompanha o mercado de perto e está disposto a correr riscos maiores.

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Tiago Reis
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