O Caminho para a Independência Financeira

Muitas pessoas cultivam o sonho de um dia obter a independência financeira. Sem a educação adequada, grande parte dos brasileiros mantém essa meta no âmbito dos sonhos. Para atingir a independência financeira, é necessário compreender o funcionamento do sistema capitalista de modo a aproveitar as oportunidades para alcançar seus objetivos.

O mercado financeiro funciona como um intermediador dos agentes superavitários (aqueles que possuem mais recursos do que necessitam) e os agentes deficitários (aqueles que necessitam de mais recursos do que possuem).

Esse intermédio é feito por meio das transações financeiras que incorrem em taxas de juros para remunerar o capital dos agentes superavitários. Assim, a tendência do sistema é de que os poupadores tenham cada vez mais recursos para emprestar aos devedores, que mergulham cada vez mais fundo nas dívidas.

Por não compreenderem o funcionamento do mercado, muitos brasileiros ingressam em um ciclo de dívidas sem fim, que acaba corroendo boa parte de seus salários, deixando o sonho da independência financeira cada vez mais distante.

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Neste texto, apresentarei algumas dicas para quem deseja sair do ciclo da dívida e se tornar um agente superavitário, que passará a investir seus recursos de modo a caminhar no sentido dos objetivos financeiros.

O primeiro passo é aceitar o padrão de vida que sua remuneração é capaz de sustentar. Pessoas que possuem gastos excessivos em relação à renda tendem a contrair dívidas para consumir bens supérfluos.

É importante compreender suas receitas e despesas de modo a construir um orçamento que restrinja os gastos em um patamar inferior às receitas. Assim, será possível poupar um percentual dos ganhos.

Para que isso seja viável, é necessário entender profundamente suas receitas, despesas fixas e, principalmente, as despesas variáveis, pois, através da redução destas, o agente deficitário pode se tornar um agente superavitário.

Com o excedente, é possível realizar investimentos para receber remuneração sobre o capital. Assim, o ciclo de investimento se inicia e é necessário planejamento.

Para isso, dois fatores são peças-chave na tomada de decisão. Em primeiro lugar, é necessário definir um objetivo realista, que deve considerar retornos viáveis segundo a aversão ao risco do investidor.

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Com o objetivo definido, é possível compreender a rentabilidade necessária e quais classes de ativos são as mais indicadas para a composição de um portfólio que traga os retornos almejados.

Atualmente, muitas classes de ativos estão disponíveis no mercado financeiro, o que permite ao investidor grande diversificação no portfólio, de modo a reduzir os riscos. O crescimento significativo do mercado de Fundos Imobiliários, por exemplo, oferece uma rentabilidade satisfatória através de dividendos.

A redução na burocracia e nas taxas de corretagem ampliaram o acesso a investimentos no exterior para a pessoa física, o que também auxilia na diversificação e estruturação de um portfólio saudável que permite rentabilidade atraente no longo prazo.

O segundo fator fundamental para a execução do planejamento é a estrutura emocional. A disciplina e a paciência se tornam essenciais para que a estratégia seja possível e leve o investidor a atingir seus objetivos financeiros. Lembre-se de que os objetivos são alcançados apenas no longo prazo e o primeiro passo é se tornar um agente superavitário e começar a investir.

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Tiago Reis
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