PIB: o que é o Produto Interno Bruto e como ele é calculado?
O tema economia é cada vez mais constante nos jornais, noticiários e até mesmo nas conversas do dia-a-dia. O termo mais comum de ser ouvido é Produto Interno Bruto (PIB). Apesar de parecer simples, esse indicador possui uma série de variáveis que demanda uma maior atenção.
O PIB pode ser calculado por óticas diferentes e possui derivações que podem ser utilizadas a depender da análise necessária. Dessa forma, é muito importante que se esclareça as muitas diretrizes relacionadas ao PIB e suas principais vertentes, visto que, os resultados dessa avaliação afetam importantes parâmetros da economia.
O que é Produto Interno Bruto (PIB)?
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos dentro de um território em dado período de tempo. O PIB é calculado sempre na moeda local, portanto, no Brasil o PIB é calculado em reais.
Apesar do cálculo do PIB sempre ser realizado na moeda local, para efeitos de comparação com outros países, o padrão é converter esse valor para dólar. Contudo, em geral, o foco da análise do PIB costuma ser em relação à variação percentual de um período para outro.
O PIB faz parte de uma série de indicadores que auxiliam no estudo da macroeconomia. O objetivo principal desse indicador é mensurar o ritmo da atividade econômica em determinado território. Dessa forma, o PIB ajuda a avaliar quanto uma região cresceu ou decresceu em determinado período de tempo.
Apesar de possuir metodologias de cálculo diferentes em determinadas localidades, o PIB é um indicador utilizado pela grande maioria dos países do mundo. O cálculo inclusive é padronizado pelo Manual de Contas Nacionais (System of National Accounts) de 1993.
Esse documento foi elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial, Comissão das Comunidades Europeias e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A padronização é importante justamente para um melhor acompanhamento da economia global, bem como, facilitar a análise comparativa entre países.
O PIB é indicador mais comum na maior parte dos países porque possibilita uma visão geral da economia sob análise. Apesar de demandar dados microeconômicos para sua formulação, a partir do PIB é possível verificar o resultado agregado.
Dessa forma, apesar de não levar em conta diretamente índices de desenvolvimento social ou distribuição de renda, o PIB acaba sendo um bom indicador de atividade econômica. Ele é capaz de exemplificar o sucesso das políticas econômicas de um governo, além de funcionar como uma sinalização para os investidores.
Como funciona o PIB?
A mensuração do PIB apesar de parecer simples costuma causar certa confusão. É comum confundir produção com estoque de riqueza quando se fala sobre PIB. Dessa forma, é essencial a compreensão do conceito de PIB. Como apontado, o PIB mede a produção de um país ou região em determinado período e não o seu estoque de riqueza.
O PIB funciona como um indicador de fluxo de novos bens e serviços produzidos em determinado período. Dessa forma, por mais que certo país possua um vasto estoque de riqueza, caso ele não produza nada em determinado período de tempo, ele terá um PIB nulo.
Itens considerados no cálculo do PIB
Os itens considerados no cálculo de PIB abarcam em suma tudo aquilo que foi produzido em determinado período de tempo. Além de bens materiais, como bens de consumo e de capital, essa conta também inclui os serviços prestados.
Portanto, entram na conta do PIB todos os bens produzidos, sejam eles agrícolas, industriais ou manufaturados. Em relação aos serviços entram nessa conta todos os serviços prestados que obtiveram alguma remuneração.
Itens desconsiderados no cálculo do PIB
Para efeito de cálculo do PIB, o ponto crucial é compreender que apenas entra nesse cálculo bens e serviços produzidos no período de análise. Dessa forma, tudo aquilo que foi produzido em 2018 corresponde ao PIB de 2018.
Um edifício, por exemplo, que foi construído em 2017, foi contabilizado no PIB do ano em que foi construído. Apesar de continuar existindo enquanto estoque de riqueza esse edifício não será contabilizado novamente no PIB dos anos seguintes.
Ainda sobre esse ponto, transações de bens também não entram nesse cálculo. Caso uma pessoa venda uma casa, isso não impacta diretamente o PIB, independente da valorização do imóvel. Isso acontece porque esses bens já foram contabilizados no PIB do ano em que foram produzidos.
Além disso, bens intermediários são excluídos da conta para evitar a dupla contagem. Entre esses bens estão incluídos, em geral, matéria-prima utilizada para produção do bem final. Para compreender melhor esse último ponto, consideremos o exemplo abaixo sobre a produção de pães.
Para um padeiro produzir pães ele utiliza farinha de trigo. Dessa forma, no valor do pão que é o produto final já está incluído também o valor da farinha de trigo que é um produto intermediário. Portanto, para evitar a dupla contagem a produção dessa farinha de trigo é excluída da conta do PIB.
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Para quê serve o PIB?
O PIB em linhas gerais serve para acompanhar a atividade econômica de um país ou região. Além de mensurar qual o valor final produzido em um dado período de tempo.
Contudo, a análise desse indicador pode ser ainda mais ampla, possibilitando realizar comparações não só de um período para outro, mas também entre países e regiões.
As principais utilidades do PIB são:
- Acompanhar a atividade econômica de um país, cidade ou região em determinado período;
- Comparar desempenho do PIB ao longo dos anos;
- Analisar a participação setorial no PIB e avaliar as possível deficiências;
- Realizar análises comparativas entre diferentes países ou regiões;
A análise ano a ano do PIB possibilita verificar o nível e o ritmo da atividade econômica de um país. Portanto, em linhas gerais, se o PIB de um país é maior do que no ano anterior, infere-se que houve um crescimento positivo nesse país.
Contudo, esse tipo de análise costuma levar em conta um aspecto temporal maior. Por exemplo, caso um país venha em uma trajetória de decrescimento do PIB por alguns anos, para a recuperação de fato da economia é necessário um crescimento maior ou então crescimentos sucessivos do PIB.
A partir do desempenho do PIB é possível avaliar como cada setor contribuiu com os resultados auferidos. Desse modo, em caso de PIB positivo é possível estimar os pontos de sucesso e os deficitários.
Exemplos de análises usando o PIB
Por exemplo, é possível que o PIB tenha sido puxado por um aumento na produção agrícola ou uma melhor atuação no comércio internacional. Contudo, nesse mesmo ano a indústria de transformação sofreu uma queda.
Dessa forma, é possível inferir a partir do resultado do PIB quais setores necessitam maior atenção para se recuperar e quais estão caminhando bem.
Além disso, é possível analisar a desigualdade regional dentro de um país. Isso se dá a partir da análise do PIB de cada Estado ou região.
A partir do PIB brasileiro, por exemplo, é possível verificar que o PIB dos Estados do Sudeste são substancialmente superiores aos do Nordeste. A partir desse número é possível derivar análises que possam chegar na causa dessa disparidade.
É possível ainda realizar comparações com outros países e regiões. Como o PIB é um indicador calculado na grande maioria dos países, é possível realizar análise comparativa do desempenho desse índice com outros países.
Em geral, é comum se comparar países com características similares. Ou seja, uma comparação entre Brasil e Estados Unidos não é a ideal, pois as características da economia norte-americana são muito distintas da brasileira. Portanto, é comum comparar o PIB brasileiro com países de renda média e em desenvolvimento, como Índia, México, Turquia ou Rússia.
Como o PIB é calculado?
O PIB pode ser calculado por três óticas diferentes. As quais são a ótica da demanda, a ótica da renda e a ótica da oferta.
Cálculo do PIB pela ótica da demanda
O cálculo do PIB pela ótica da demanda é realizado a partir das despesas em bens e serviços finais efetuadas pelos diferentes agentes econômicos daquele país ou região em determinado período. Esses agentes são divididos em três grupos: famílias, empresas e governo.
Dessa forma, sob essa ótica são computados o consumo das famílias, o investimento realizado pelas empresas e o gastos do governo. Além disso, adiciona-se também o saldo da balança comercial, o qual corresponde ao total de exportações subtraído o total de importações.
Dentro do investimento das empresas inclui-se a Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) e Variação de estoques (VE). A FBKF corresponde ao investimentos em bens de capital, basicamente em estrutura física para produção. Enquanto a variação de estoques corresponde à produção em si.
No caso da balança comercial, os valores são incorporados à conta porque os bens exportados são produzidos dentro do território de análise mas não são consumidos nele, portanto esse número deve ser adicionado porque a variável consumo não incorpora esses produtos.
No caso das importações vale a lógica contrária. Como dentro do consumo das famílias também são incluídos bens importados, ou seja, que não foram produzidos no país é necessário subtraí-los da conta final do cálculo do PIB.
A análise do PIB sob essa ótica reproduz o modelo keynesiano simples com economia aberta. A fórmula do PIB nesse modelo é:
- PIB = C + I + G + X – M
Onde:
- C = Consumo das famílias
- I = Investimento (FBKF + VE)
- G= Gastos do governo
- X = Exportações
- M = Importações
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Cálculo do PIB pela ótica da oferta
Para calcular o PIB pela ótica de oferta é realizada a soma do valor adicionado por cada uma das empresas de determinado local à economia. Esse valor adicionado é conhecido como Valor Adicionado Bruto (VAB), tal valor representa a diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário.
Para exemplificar melhor, considere o exemplo abaixo:
Considere uma confeitaria que produza um bolo de R$ 50,00. Para fazer esse bolo, ela usou 1 kg de açúcar e 1kg de trigo, e teve, por consequência, que adquirir essa matéria-prima proveniente de uma indústria açucareira e de uma lavoura de trigo. Assim sendo, o custo de R$ 50,00 desse bolo já traz embutido, consigo, os custos dessas matérias-primas utilizadas.
Se os materiais utilizados na produção custaram, no total, R$ 30,00, a contribuição dessa confeitaria para o PIB foi de R$ 20,00. Portanto, o valor adicionado pela confeitaria foi de R$ 20,00 e esse é o valor computado no PIB pela ótica da oferta.
Sob essa ótica, para chegar ao PIB a preços de mercado (PIBpm) é necessário realizar um ajuste. Adiciona-se ao VAB os impostos indiretos (impostos sobre consumo) e desconta-se os subsídios. Dessa forma:
- PIBpm = ∑ VAB + Impostos indiretos – Subsídios
Onde:
∑ VAB = Somo do valor adicionado bruto de cada empresa na economia
Cálculo do PIB pela ótica da renda
O cálculo do PIB pela ótica da renda é o somatório de todas as rendas auferidas pelos agentes do país ou região em análise. Dessa forma, as rendas contabilizadas são as seguintes:
- Salários (renda das famílias);
- Juros (renda do capital de empréstimo);
- Lucros (renda do processo produtivo);
- Alugueis (renda das instalações físicas).
A soma dos juros, alugueis e lucros é conhecida como Excedente Operacional Bruto (EOB). Assim como no caso da ótica da oferta, para chegar ao PIB a preços de mercado é necessário somar os impostos indiretos e subtrair os subsídios dessa conta, portanto:
- PIBpm = Salários + EOB + Impostos Indiretos – Subsídios
Tipos de PIB
Há formas variadas formas de se analisar o PIB. Cada uma delas é utilizada a depender da análise ou comparação a ser realizada. As principais são as seguintes:
PIB Nominal
O PIB nominal é o PIB calculado a preços correntes, ou seja, ele mede a variação da produção dentro de um determinado local sem descontar a inflação. Apesar de ser um tipo de PIB muito utilizado, ele possui uma problemática que é a incorporação do efeito inflacionário.
Por exemplo, suponha que no ano base foi produzido um quilo de sal sob o preço de R$ 1,00 e no ano seguinte foi produzido a mesma quantidade mas o preço subiu para R$ 2,00. Na prática, a produção se manteve inalterada mas o PIB nominal dobrou devido ao efeito inflacionário.
PIB Real
A principal diferença entre o PIB nominal e o PIB real é exatamente a exclusão do efeito inflacionário. O PIB real é calculado a preços constantes. Ou seja, o efeito inflacionário é eliminado para que o PIB analisado seja impactado apenas pela variação na produção e não pela variação dos preços.
Dessa forma, a partir do cálculo do PIB real é possível chegar ao deflator do PIB. Esse deflator corresponde justamente à razão entre o PIB nominal e o PIB real de um país e funciona como uma medida de nível de preços de uma economia.
Portanto, considere o exemplo anterior de produção de sal. No ano base, foi produzido um quilo de sal sob o preço de R$ 1,00 e no ano seguinte foram produzidos dois quilos de sal sob o preço de R$ 2,00. O PIB real desse país no segundo ano será de R$ 2,00, ao passo que o PIB nominal será de R$ 4,00.
No cálculo do PIB real, a produção é contabilizada sob o preço do ano base, ou seja, é calculada a preços constantes. Dessa forma, o efeito inflacionário sobre o cálculo do PIB é anulado.
PIB por paridade de poder de compra (PPC)
O PIB por paridade poder de compra (PPC) é utilizado para corrigir distorções no cálculo do PIB, sobretudo para a realização de comparações internacionais. Para realizar comparações entre PIB’s de diferentes países, é comum realizar a conversão dos valores para dólar. Contudo, essa conversão costuma gerar distorções.
O cálculo via paridade do poder de compra visa corrigir as distorções causadas pelas diferentes taxas de câmbio, rendimentos e custo de vida da população de cada país. Dessa forma, esse cálculo do PIB visa relacionar a capacidade aquisitiva de uma economia com o seu custo de vida local. Essa análise, portanto, possibilita comparar o PIB de países diferentes a partir do real poder de compra que cada país possui.
PIB per capita
O PIB per capita é basicamente o PIB de determinado local dividido pela quantidade de habitantes desse local. O PIB per capita costuma ser mais utilizado para classificações de países entre países de renda alta, média ou baixa.
Por exemplo, o Brasil possui um PIB maior que muitos países desenvolvidos e já chegou a ser a 6ª maior economia do mundo. Contudo, no ranking de PIB per capita, o Brasil costuma se posicionar junto aos países de renda média.
Além disso, apesar do PIB per capita ser melhor para uma análise, ele possui grandes limitações. Dado que é possível um país possuir um PIB per capita alto mas ter um alto nível de desigualdade social, por exemplo.
Outros indicadores macroeconômicos
Além do PIB, há uma série de outros indicadores macroeconômicos essenciais para análise gerais da economia. Alguns deles são:
Produto Nacional Bruto (PNB)
O Produto Nacional Bruto (PIB) são todos os bens e serviços produzidos pelos cidadãos de um determinado país. Ou seja, no caso brasileiro, o PNB inclui também a produção realizada por empresas brasileiras que atual no exterior.
Para se chegar ao valor do PNB a partir do PIB é necessário subtrair do PIB o valor da renda líquida enviada ao exterior (RLEE) e somar a renda líquida recebida do exterior (RLRE).
Caso a RLEE seja maior que a RLRE o PIB será maior que o PNB, por conseguinte, em caso contrário, o PNB será maior que o PIB. Dessa forma:
- PNB = PIB – RLEE + RLRE
Produto Nacional Líquido (PNL)
Para se chegar ao valor do Produto Nacional Líquido (PNL) basta subtrair do PNB a depreciação do capital fixo. Portanto:
- PNL = PNB – depreciação do capital fixo
Produto Interno Líquido (PIL)
O cálculo do Produto Interno Líquido é parecido com o do PNL. Para chegar ao valor desse indicador, é necessário subtrair a depreciação do capital fixo do valor do PIB. Portanto:
- PIL = PIB – depreciação do capital fixo
Renda Nacional
A renda nacional é em suma as rendas recebidas pelos diferentes agentes de uma determinada economia. Na renda nacional são incluídos salários, juros, alugueis, lucros, além das transferências realizadas pelo Governo para o setor privado, como subsídios e pensões.
A renda nacional pode ser inferida a partir do PNL. Para realizar esse cálculo é necessário subtrair do PNL o valor referente a impostos indiretos e adicionar o valor referente a subsídios. Dessa forma:
- Renda nacional = PNL – Impostos indiretos + subsídios
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Renda Nacional Bruta (RNB)
A Renda Nacional Bruta (RNB) é uma identidade do PNB. Ou seja, ela corresponde a toda renda auferida por cidadãos de um determinado país, independentemente do local em que estejam.
Dessa forma, é possível chegar ao valor da RNB da mesma forma que é calculado o PNB:
- RNB = PIB – RLEE + RLRE
PIB do Brasil
O cálculo do PIB do Brasil é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mensuração do PIB é realizada a partir dos cálculos apresentados acima. Mas, de forma mais específica os principais setores levados em conta, são os seguintes:
- Consumo das famílias;
- Consumo do governo;
- Indústria;
- Serviços;
- Agropecuária;
- Investimentos;
- Construção civil;
- Exportações;
- Importações
No decorrer dos anos, o peso de cada setor no PIB brasileiro sofre alterações. Contudo, alguns setores historicamente tem um grande peso como o setor agropecuário, dada a vasta produção de produtos primários no Brasil.
O consumo das famílias é outra variável que sempre exerce um peso importante no PIB do Brasil devido à demografia nacional. Como o Brasil é país com uma grande população, variações no consumo interno geram grandes impactos no PIB.
A indústria brasileira possui participação pequena quando comparada a outros países do mundo, sobretudo os desenvolvidos. Enquanto o setor exportador, teve um papel de destaque durante o boom das commodities na primeira década do século XXI mas passou sofreu uma queda nos anos seguintes.
O PIB do Brasil no ano de 2018 foi de R$ 6,8 trilhões e em relação ao ano de 2017, obteve crescimento de 1,1%, após dois anos consecutivos de retração. Nesse ano de 2018, o Brasil ficou como a nona maior economia do mundo quando analisado o PIB nominal. O PIB brasileiro já chegou a figurar como a sexta maior economia do mundo.
Como é possível verificar no gráfico acima, o PIB brasileiro teve um crescimento instável ao longo da história. Durante o final da década de 1960 e 1970 obteve um crescimento mais robusto devido ao milagre econômico e ao II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND).
Todavia, enfrentou a crise da dívida externa durante a década de 1980, além de sofrer uma série de choques externos durante a década de 1990 em meio ao processo de estabilização inflacionária. Durante o século XXI voltou-se passar por um crescimento mais robusto durante a primeira década, mas voltou a mostrar instabilidade com a crise deflagrada no ano de 2015.
Ranking dos países por PIB
O ranking das maiores economias do mundo costuma variar pouco de um ano para outro. Todavia quando analisado por etapas é possível verificar algumas inflexões. O caso mais emblemático do século XXI é a China. O país asiático ganhou posições ao longo dos anos e no ano de 2018 figura como a segunda maior economia mundial.
Na tabela abaixo é possível verificar que os Estados Unidos se mantém como maior economia do mundo e consequentemente economia mais influente também. Além disso, o dólar é a moeda mais importante a nível global, funcionando como principal meio de troca para transações entre países e também como ativo mais seguro para a função reserva de valor.
PIB Nominal em Bilhões de Dólares (US$) | 2018 |
Estados Unidos da América | $20.580,25 |
República Popular da China | $13.368,07 |
Japão | $4.971,77 |
Alemanha | $3.951,34 |
Reino Unido | $2.828,83 |
França | $2.780,15 |
Índia | $2.718,73 |
Itália | $2.075,86 |
Brasil | $1.867,82 |
Coreia do Sul | $1.720,49 |
Canadá | $1.712,48 |
Espanha | $1.427,53 |
Austrália | $1.420,05 |
México | $1.222,05 |
Indonésia | $1.022,45 |
Holanda | $914,52 |
Arábia Saudita | $786,52 |
Turquia | $771,27 |
Suiça | $705,55 |
Taiwan | $589,91 |
Fonte: Fundo Monetário Internacional
Entre os países emergentes, Índia, Brasil e Coreia do Sul se destacam, figurando quase sempre entre as 10 maiores economia do mundo. No caso brasileiro, vale destacar que o PIB do Brasil é responsável por praticamente metade do PIB total da América do Sul, o que apresenta a relevância do país para a região. Além de ser a maior economia da América Latina, seguido pelo México.
O continente africano continua sendo aquele com menor PIB. A maior economia desse continente é a África do Sul, a qual figura apenas na 32ª posição. Além disso, muitos dos países africanos, sobretudo da África subsaariana aparecem nas últimas posições desse ranking.
Por que analisar o PIB é importante?
A boa compreensão sobre o que é PIB, além dos conceitos mínimos sobre como é calculado é essencial para acompanhamento da economia de um país. Além disso, esse entendimento colabora para compreender as participações de cada setor na economia de cada localidade.
Uma boa análise do PIB é essencial para a realização de investimentos em diversos âmbitos. Isso facilita a análise da empresa, setor ou até mesmo país no qual o capital será aplicado.
O que é PIB?
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos dentro de um território em um dado período de tempo. O PIB pode ser mensurado para um país, Estado, cidade ou região.
O que é PIB per capita?
O PIB per capita de um país, é o Produto Interno Bruto nominal dividido pelo número de habitantes do país ou região da análise. O PIB per capita é um indicador melhor que o PIB nominal pois possibilita verificar qual o valor produzido em média por habitante do país analisado.
Para que serve o PIB?
O PIB em linhas gerais serve para acompanhar a atividade econômica de um país ou região. Além de mensurar qual o valor final produzido em um dado período de tempo. Contudo, a análise desse indicador pode ser ainda mais ampla, possibilitando realizar comparações não só de um período para outro, mas também entre países e regiões.
Como calcular o PIB?
O PIB é calculado a partir da soma de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado país ou região. Esse índice pode ser calculado por três óticas diferentes, essas óticas do PIB são a ótica da demanda, da oferta e da renda.
Qual o PIB do Brasil?
O Produto Interno Bruto do Brasil no ano de 2018 ficou em R$ 6,8 trilhões. Nesse ano o PIB brasileiro cresceu 1,1%, foi a segunda alta consecutiva do PIB brasileiro, após passar por dois anos de retração nos anos de 2015 e 2016.
Quais são os quatro componentes do PIB?
O PIB pode ser dividido em quatro componentes: consumo, investimento, gastos do governo e exportações líquidas. O primeiro representa o gasto das famílias, o segundo os investimentos das empresas privadas, o terceiro representa os gastos públicos em geral e o quarto é o saldo líquido entre exportações e importações.
Bibliografia para PIB
https://www.imf.org/external/datamapper/NGDPD@WEO/OEMDC/ADVEC/WEOWORLD
http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/contabilidade_social_ie_2010_2.pdf