Pesquisa operacional: como funciona essa ferramenta?
O processo de tomada de decisão nem sempre é simples. É preciso ter dados, fundamentos e seguir certa lógica para fazê-lo da melhor forma possível. Inclusive utilizando a pesquisa operacional.
Ao utilizar a pesquisa operacional, é possível, inclusive, aumentar o lucro líquido de um empreendimento. Basta que ela seja bem aplicada e que seus resultados mudem processos.
O que é pesquisa operacional?
Pesquisa operacional (também conhecida pela sigla PO) é uma metodologia de análise de dados de um negócio que tem por objetivo auxiliar o processo de tomada de decisão, aumentando a sua eficiência por meio da otimização de processos. E ela está presente nas mais diversas áreas, como indústria, comércio e serviços.
A PO pode apresentar duas abordagens: a qualitativa e a quantitativa. A pesquisa operacional qualitativa se baseia na experiência do responsável pela tomada de decisão. Em geral, abordando problemas simples. Já a pesquisa operacional quantitativa analisa problemas complexos, sob a ótica científica.
Mas nos dois casos, a PO atua em sistemas reais, usando probabilidade ou relações de causalidade.
Objetivo da pesquisa operacional
Assim como boa parte das estratégias de controle de qualidade e otimização de processos aplicados hoje na indústria, a PO foi criada para solucionar problemas oriundos da Revolução Industrial. Neste período, a prática ainda era bastante restrita ao ambiente científico.
Porém, seus usos ficaram mais conhecidos durante a Segunda Guerra Mundial, quando técnicas e conceitos matemáticos ganharam um emprego prático em decisões estratégicas. Assim, as técnicas aprimoradas naquele período foram posteriormente aplicadas às empresas.
Atualmente, a pesquisa operacional pode ajudar um negócio a crescer mais do que os seus concorrentes, por mostrar quais recursos otimizar e quais melhorias podem impulsionar os indicadores de produtividade do negócio. Entretanto a premissa é sempre a mesma: reduzir custos e melhorar produção.
Apesar da sua aplicação prática nem sempre remeter a isso, a investigação operacional segue princípios matemáticos, para apresentar um resultado preciso ao gestor.
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Fórmula
Toda pesquisa operacional tem uma finalidade e uma fórmula matemática para alcança-la. Trata-se da chamada Função Objetivo, que nada mais é do que o que o gestor pretende atingir ao aplicar este recurso.
Um exemplo de aplicação dessa fórmula seria:
Max Z = 5X + 2Y
Quando Z é o que deve ser otimizado / maximizado e X e Y variarão de acordo com o que está sendo analisado pelo empreendimento.
Neste caso, X são as variáveis controláveis e Y variáveis constantes ou não controláveis. O mais importante é a construção correta do modelo matemático.
Hoje há softwares especializados em aplicar esta fórmula à realidade e as atividades de cada empresa. O que torna o processo mais fácil e rápido.
Tipos de PO
Existem cinco principais tipos de Pesquisa Operacional aplicados na melhoria de processos de decisão. São eles:
- Programação linear;
- Teoria dos jogos;
- Simulação (como a simulação de Monte Carlo);
- Filas;
- Teoria dos Grafos.
A mais utilizada é a programação linear, que visa melhorar a utilização de recursos finitos, para torna-la mais eficiente e barata. A ideia é aumentar o lucro e diminuir o custo, bem como os desperdícios. É aqui que a função objetivo é aplicada.
Na teoria dos jogos, são analisadas as estratégias e técnicas de convencimento, a partir da análise de interações entre dois gestores, responsáveis pela tomada de decisão.
Já na simulação, são criadas representações de sistemas já existentes, para verificar a sua aplicabilidade para aquele fim. E até simular os resultados que a adoção destes sistemas geraria.
A teoria das filas, por sua vez, é um modelo de probabilidade gerado a partir da análise do comportamento de filas de espera, com o objetivo de descobrir qual é a chance de algo de fato ocorrer.
Por fim, na teoria dos grafos é criada uma representação gráfica que mostra a relação entre todos os elementos existentes. Por isso, representa modelos reais e ajuda o gestor a visualizar os melhores caminhos a seguir.
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