Radar do Mercado: BB Seguridade (BBSE3) – resultado em linha em um negócio pouco volátil

A BB Seguridade Participações informou hoje (06) ao mercado que registrou, no 3T17, um lucro líquido de R$1,2 bilhão, crescimento de 20,7% em relação ao mesmo período de 2016.

Há de se destacar, contudo, que se excluindo os efeitos do IPO do IRB Brasil-RE, o lucro líquido ajustado foi de R$1,0 bilhão, incremento de 3,4% sobre o reportado no 3T16.

Assim, no acumulado até setembro, o lucro líquido ajustado, que segrega o efeito dos eventos extraordinários, alcançou R$3,0 bilhões, apresentando retração de 2,1% sobre igual período do ano passado, e dentro das expectativas divulgadas no guidance revisado em agosto pela companhia.

É importante destacar que, no trimestre, o lucro líquido foi impactado pela queda da taxa Selic e dos índices de inflação, o que levou o resultado financeiro combinado das empresas do grupo a uma queda de 6,3% comparado ao mesmo período de 2016.

Por outro lado, o resultado operacional, considerando o combinado de todas as empresas do conglomerado, apresentou crescimento de 7,3%, impulsionado pelos segmentos de Previdência e Resseguros, e pelo aumento do resultado operacional consolidado da holding BB Seguridade e suas subsidiárias integrais BB Seguros e BB Corretora.

No que diz respeito ao resultado financeiro combinado da BB Seguridade e de suas controladas e coligadas, este montante totalizou R$270,4 milhões no 3T17, queda de 6,3% em relação ao 3T16.

O desempenho no comparativo é justificado principalmente pela contração da taxa média Selic, com impacto negativo na remuneração dos títulos pós-fixados, e pelos índices de inflação mais baixos, que por sua vez reduziram a rentabilidade nominal dos ativos financeiros remunerados a esses indexadores e classificados na categoria de mantidos até o vencimento.

Gostamos muito do resultado trimestral da companhia e comentaremos com maior profundidade sobre os seus números em nosso relatório Suno Dividendos.

Ademais, pressupondo-se que o crescimento da empresa deverá permanecer no longo prazo, principalmente quando avaliamos a posição ainda subpenetrada do mercado de seguros brasileiro, que deverá continuar crescendo a um ritmo interessante nos próximos anos, entendemos que as empresas que nele atuam possuem à sua frente um ambiente muito favorável para o desenvolvimento de performance e geração de caixa, além da possibilidade de distribuir dividendos atrativos e crescentes.

Recomendamos a nossos assinantes a associação a esta sólida empresa atuante de um mercado com excelente potencial de crescimento no médio prazo. Sugerimos, contudo, o respeito ao preço teto de entrada no ativo que recomendamos em nossa carteira Suno Dividendos, a fim de que uma satisfatória margem de segurança possa ser concebida no âmbito do investimento.

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Tiago Reis
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