A CCR comunicou na segunda-feira (19) aos seus acionistas e ao mercado em geral que, dando sequência ao programa de reestruturação, decidiu criar uma nova vice-presidência de Compliance.
Segundo o informado, o reforço da Diretoria Corporativa da companhia faz parte de mais uma etapa desse processo de reestruturação iniciado em 2014 com o “Programa de Identificação e Desenvolvimento de Lideranças Estratégicas”, com o apoio da Fundação Dom Cabral.
A nova vice-presidência de Compliance se reportará diretamente ao Conselho de Administração da companhia e terá o papel de garantir maior autonomia para a consolidação do Programa de Integridade e Conformidade do Grupo, criado em 2015. Para ocupar o novo cargo, chega ao Grupo CCR o Sr. Pedro Paulo Archer Sutter, que já assumirá as funções a partir de hoje.
Ainda no âmbito do comunicado feito pela CCR, é interessante adicionar que o Sr. Pedro Paulo Archer Sutter é formado em Direito pelo Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e é Mestre em Direito e Governança Corporativa por Georgetown University Law School em Washington D.C. (LL.M.), possuindo mais de 20 anos de experiência na área.
Embora avaliemos como positiva a decisão tomada pela gestão da empresa, nosso racional a respeito da CCR segue o mesmo.
O Grupo CCR – antiga Companhia de Concessões Rodoviárias – atua no segmento de transporte de passageiros por meio das concessionárias ViaQuatro, CCR Barcas e CCR Metrô Bahia, responsáveis até então e respectivamente, pela operação da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo, pelo transporte aquaviário de passageiros no Rio de Janeiro e pelo sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, além de ter participação na concessão do VLT Carioca (Veículo Leve sobre Trilhos), que interligará a região portuária e o centro do Rio de Janeiro.
Neste sentido, o grupo controla 3,2 mil quilômetros de rodovias no país através das concessionárias CCR NovaDutra (SP-RJ), CCR ViaLagos (RJ), CCR RodoNorte (PR), CCR AutoBAn (SP), CCR ViaOeste (SP), CCR Rodoanel Oeste (SP), Renovias (SP), CCR SPVias (SP) e CCR MSVia (MS). Também faz parte do controle acionário da concessionária ViaRio, responsável pela construção e operação do Corredor Expresso Transolímpica, no Rio de Janeiro.
Ainda, o grupo ingressou, em 2012, no setor aeroportuário, com a aquisição de participação acionária nas concessionárias dos aeroportos internacionais de Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Curaçao.
No Brasil, possui a concessionária BH Airport, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em 2015, adquiriu a TAS (Total Airport Services), empresa norte-americana prestadora de serviços aeroportuários.
A companhia possui, também, algumas características as quais nos identificamos, como receita previsível e boa rentabilidade.
No entanto, a sua dívida que se mostra acima da que consideramos ser saudável para uma companhia de qualquer que seja o seu segmento, embora a sua maior parte esteja prevista para o seu devido acerto no longo prazo.
Nessa conjuntura, achamos mais prudente seguir de fora da companhia até que um cenário de maior desconto e menor “nebulosidade” no âmbito de um investimento de valor com uma margem de segurança adequada possa ser observado em relação a CCR.
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