Na última sexta-feira (30), a Companhia Paranaense de Energia (COPEL), comunicou, ao mercado e aos seus acionistas, esclarecimentos a respeito de notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico.
A Copel recebeu um ofício da Brasil, Bolsa, Balcão (B3), solicitando esclarecimento da notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico, em 29/08/2019, com o título: “Copel estima concluir venda da Compagas no começo de 2021”.
Na notícia, constava a informação de que a estatal paranaense Copel espera concluir até o primeiro semestre de 2021 a venda da sua participação no capital social da Compagas e até março o desinvestimento em seu braço de telecom.
Além disso, estava indicado que a entrada de recursos da venda de ativos ajudaria a Copel a reduzir ainda mais o seu endividamento, podendo a alavancagem chegar a 1,5 vez.
Por sua vez, a Copel esclareceu que a notícia faz referência à participação de diretores da companhia em evento com investidores e analistas, que ocorreu em 28/08/2019, na cidade de São Paulo.
Dessa forma, ressaltou que as informações e declarações atribuídas aos diretores da companhia neste evento estão em conformidade com as informações e dados previamente divulgados.
Cabe destacar que a empresa, antes do início do evento, divulgou em seu site, bem como no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a apresentação com as informações que seriam abordadas no evento pelos representantes da companhia.
Considerando a apresentação, seu foco é na redução de custos gerenciáveis da Copel e na redução de seu plano de investimentos, abordando as principais medidas que, de forma coordenada, deverão nortear a execução da estratégia de melhoria de valor da empresa.
Destacando, portanto, os desinvestimentos na Compagas e na Copel Telecom para o objetivo de redução da alavancagem.
Adicionalmente, destacou que a intenção de desinvestimento da Copel em sua subsidiária Copel Telecom também é de conhecimento público há meses.
Nesse sentido, a Copel divulgou, em 17/04/2019, um comunicado ao mercado, informando que o Conselho de Administração aprovou a contratação de assessores financeiros e jurídicos para assessorar as próximas etapas de estudos com relação ao processo de alienação.
Considerou também que era esperado que, no evento realizado, houvesse questionamento a respeito da potencial venda de ativos e dos desinvestimentos.
No entanto, apesar da companhia considerar como primordial a geração de valor aos seus acionistas com relação aos processos de desinvestimento, informou que, mesmo considerando a agilidade na condução, não indica que serão tratados de maneira apressada. Respeitando prazos razoáveis e adequados para a estruturação, negociação e execução.
Além disso, os executivos, ao abordarem o assunto durante o evento, também mencionaram expectativas internas da administração com relação aos potenciais impactos desses processos, sujeitos a diversas variáveis.
Por último, a Copel informou que suas análises e expectativas internas não servem para projetar resultados futuros, tratando-se apenas de objetivos da administração, não ensejando em garantias.
Mantemos o nosso racional a respeito da Copel, não considerando um investimento na companhia, por se tratar de uma estatal. Neste tipo de negócio, os interesses do acionista minoritário podem ser tratados com menor importância, de modo que este sai prejudicado pela falta de alinhamento de interesses.
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