Na última sexta-feira (13), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresentou, ao mercado e aos seus acionistas, os esclarecimentos a respeito de notícia veiculada na imprensa, em resposta ao ofício enviado pela B3 – Brasil, Bolsa, Balcão.
O ofício apresentava questionamento a respeito de notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico, em 12/09/2019, sob o título “Sob pressão, CSN retoma obras da Transnordestina”.
Na notícia, constava a informação de que a CSN, sob pressão do governo federal e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), se prepara para retomar, nas próximas semanas, a construção da ferrovia Transnordestina, que ligará o interior do Piauí aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).
Foi destacado na notícia que, apesar do resgate do projeto, paralisado desde 2017, não há garantia de que o empreendimento será concluído.
Além disso, a meta da empresa é entregar, até 2022, pelo menos parte do projeto, possivelmente o trecho entre Piauí e Ceará, que está mais avançado.
Dessa forma, nessa nova etapa de construção do projeto, a CSN se comprometeu com o governo a investir R$ 257 milhões.
Por outro lado, a decisão de retomada do projeto pela CSN não aconteceu de maneira espontânea. A empresa contou com incentivos determinantes, como, por exemplo, a caducidade do contrato da construção, que ainda está em tramitação na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Além disso, está em estudo pela CSN uma possível associação com parceiros internacionais, como uma forma de viabilizar o projeto.
Ainda está em negociação uma eventual entrada da agência italiana de crédito à exportação Sace, que se dispôs a fazer um empréstimo em troca da entrada de companhias italianas no projeto.
Adicionalmente, foi veiculado que a CSN mantém conversas com outros dois grupos chineses, de acordo com fontes próximas à empresa.
Por sua vez, a CSN esclareceu que a sua subsidiária, Transnordestina Logística S.A., vem mantendo tratativas com o Governo Federal para retomada de suas obras.
No entanto, não houve, até o momento, qualquer definição sobre essa questão, não existindo, portanto, qualquer fato relevante a ser divulgado ao mercado nos termos da legislação em vigor.
Acreditamos que a notícia não altera o nosso racional a respeito da CSN. Isto é, consideramos que a empresa apresenta um alto endividamento e atua em um setor cíclico, não sendo interessante para investimento, pelo menos neste momento. Dessa forma, ficamos de fora do ativo.
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