A Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobras (ELET6) – informou ontem (21) que foi comunicada, na mesma data, através de correspondência enviada pelo Ministro de Estado Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que o mesmo Ministério de Minas e Energia irá propor ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, a sua desestatização.
Entendemos que consequências positivas podem ser geradas como resultado do anúncio feito pelo Ministro Fernando Coelho Filho sobre a possível desestatização da companhia.
Com seus resultados trimestrais bastante preocupantes – muito por conta de uma clara ineficiência de sua gestão – mesmo atuando em um setor consolidado e perene, acreditamos que com um provável processo de privatização, a maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina, que atua no segmento de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica poderia reverter o atual quadro nada satisfatório.
Com uma variação negativa de Ebitda de 87% frente ao segundo trimestre do ano passado, além de uma redução de 97% de lucro líquido quando comparado ao mesmo período, a companhia demonstra que em algum ponto de sua administração ela vem perdendo performance e desempenho.
Aliado a estes fatores citados acima, a companhia apresenta também uma situação de dívida líquida que chama a atenção do mercado, visto que o saldo devedor apresentado no resultado de seu segundo trimestre foi de pouco mais de R$ 23 bilhões de reais, número este que apresentou quase nenhuma variação frente ao mesmo período do ano passado.