Radar do mercado: Oi (OIBR3) esclarece notícia veiculada na imprensa

Na data de ontem (23), a Oi S.A apresentou ao mercado e aos seus acionistas os esclarecimentos a respeito de notícia veiculada na imprensa, mediante solicitação por ofício da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão.

No ofício, foi solicitado o esclarecimento da notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico, em 20/09/2019, sob o título “Oi tenta vender fatia na Unitel e emitir dívida garantida”.

A notícia afirma que, prestes a iniciar uma transição no seu comando, a Oi está empenhada simultaneamente em vender sua participação na operadora angolana Unitel e em levantar R$ 2,5 bilhões por meio da emissão de dívida garantida (secured debt).

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A expectativa é de que os títulos tenham prazo de vencimento entre três e cinco anos, podendo ser resgatados antes.

Além disso, a empresa tem reafirmado a investidores que pretende fechar, ainda neste ano, a venda da participação de 25% que detém na operadora Unitel.

Dessa forma, mesmo que a Oi consiga fechar a venda da sua fatia na Unitel, a tendência é de que seja mantida a emissão de R$ 2,5 bilhões, como forma de reforçar o caixa da companhia e garantir os recursos necessários para os investimentos previstos em seu plano estratégico divulgado em julho.

Por sua vez, a Oi reiterou as informações já amplamente divulgadas em diversas oportunidades acerca de seu planejamento estratégico, no contexto do seu processo de recuperação judicial.

Dentre estas informações, são incluídas, a título de exemplo, alguns comunicados ao mercado, as informações prestadas no momento da divulgação dos resultados do último trimestre e o próprio Plano Estratégico, divulgado em 16 de julho de 2019.

Nesse sentido, a Oi ressaltou que vem perseguindo opções estratégicas de futuro e trabalhando em diferentes iniciativas, com o objetivo de melhorar sua performance operacional e financeira, através de um modelo de negócio sustentável.

Assim, a administração da empresa vem avaliando todas as alternativas à sua disposição e avaliando continuamente oportunidades para a melhor adequação da estrutura de capital e maximização de valor da companhia, em especial aquelas previstas no Plano de Recuperação Judicial.

Nesse contexto, dentre as suas múltiplas frentes de atuação, a administração tem dedicado foco especial ao plano de venda de ativos non-core e geração de liquidez de curto prazo, de forma a assegurar a execução do plano de investimentos e a sustentabilidade de tais investimentos.

Por último, a Oi reafirmou o seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado devidamente informados a respeito dos aspectos relevantes e significativos de seus negócios, bem como reiterou que os investidores e o mercado em geral devem pautar-se somente pelas divulgações oficiais realizadas pela empresa.

Acreditamos que a notícia não altera o nosso racional a respeito da companhia, que não vem apresentando resultados consistentes, além de estar atravessando um processo de recuperação judicial. Dessa forma, permanecemos de fora do ativo.

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Tiago Reis
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3 comentários

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  • Alvaro Lopes 24 de setembro de 2019
    acredito que a Oi é um ativo para longo prazo e venho fazendo aportes do "lixo" nesse ativo. aportes pequenos de dinheiro que provavelmente gastaria com besteiras e coisas fúteis. com o grande risco mais com grande ganho caso dê certo. gostaria de elogiar a publicação você Tiago e a Suno pelo ótimo serviço, acompanho vocês em todos os canais de comunicação.Responder
  • Mauricio 25 de setembro de 2019
    Caso a OI venda apenas seu segmento móvel, que é o mais provável, suas ações serão multiplicadas por 4, ou seja, vai para 4 reais, que é aproximadamente o valor patrimonial por ação. É uma empresa gigantesca, a maior do brasil no ramo, uma intervenção é praticamente descartada, pois pelo menos 4 empresas vão brigar por seus ativos. Quem viver verá... vai deixar muita gente com dinheiro da noite para o dia!Responder
  • Roberto Pivetta 26 de setembro de 2019
    Creio que OI é uma espécie de atrativo para mercados emergentes que quiserem adquirir a empresa. Não aguento mais esse papo de vender a fatia da unitel . É uma empresa em recuperação judicial tem um plano a cumprir. Muito arriscado, muitas especulações, manipulações de mercado. Porém, acredito que poderão comprar a empresa, mas não agora. Algo vai acontecer, mas o Sr. Mercado que dirá e precificará antes de acontecer :).Responder

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