O Banco Santander divulgou ontem (30), após o fechamento do mercado, os seus números operacionais referentes ao último quarto de 2017 e, de acordo com o reportado, a companhia se destacou por apresentar resultados historicamente relevantes, refletindo uma dinâmica de forte aceleração comercial e de prestação de serviços.
Neste cenário, as receitas totais do banco em 2017 somaram R$ 52.938 milhões, com incremento de 18,3% em doze meses (ou R$ 8.179 milhões), destacando-se a boa performance da margem financeira por volumes e spreads e das comissões.
Em relação ao trimestre anterior, contudo, essas receitas permaneceram estáveis.
Nesse âmbito, a margem financeira alcançou R$37.327 milhões em 2017, aumento de 18,5% em doze meses, com dinâmica positiva em todos os negócios, ao passo que, em relação aos três meses anteriores, a margem financeira reduziu 3,7%, impactada pelos menores ganhos de atividade com o mercado.
Vale destacar que no mesmo período a margem com clientes apresentou crescimento em função de maiores volumes e spreads.
De maneira complementar, as despesas gerais do banco totalizaram R$ 19.167 milhões em 2017, aumento de 7,0% em doze meses e crescimento de 7,8% em três meses, em função das maiores despesas variáveis e remuneração, que acompanham a dinâmica de maior atividade comercial.
Com isso, o índice de eficiência alcançou 44,1% em 2017, com melhora de 4,2 pontos percentuais em doze meses, resultado do foco contínuo no aumento da produtividade, influenciado principalmente pela maior atividade comercial.
No trimestre, esse indicador atingiu 44,3%, com aumento de 0,6 ponto percentual em três meses.
Além disso, em 2017, o seu lucro líquido gerencial alcançou o maior patamar histórico, haja vista que somou R$ 9.953 milhões em 2017, com crescimento de 35,6% em doze meses e aumento de 6,4% em três meses, impulsionado por uma melhor dinâmica comercial evidenciando assim um crescimento sustentável e recorrente.
No quarto trimestre de 2017, o lucro líquido somou R$ 2,752 bilhões, o que representou um crescimento de 6,4% frente ao terceiro quarto do mesmo ano.
Paralelamente, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), ajustado pelo ágio, atingiu 16,9% em 2017, aumento de 3,6 p.p. em doze meses, alavancado por um forte crescimento das suas receitas. No trimestre, o ROE atingiu 18,3%.
“Essa evolução acompanha o ritmo de crescimento da nossa carteira e evidencia que mantemos níveis adequados de provisionamento”, relatou trecho do informe do balanço da instituição financeira.
Pelos números e informações disponibilizadas pelo Santander em seu resultado, confirmamos nosso posicionamento de avaliarmos essa companhia, e também o segmento bancário no Brasil como um todo, como um ecossistema que apresenta um dos ambientes mais rentáveis do planeta, por conta disso, gostamos muito da conjuntura do setor bancário no país.
O que não gostamos, contudo, é do seu atual preço de cotação, o que nos coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.
Como sempre destacamos, o Brasil é um país de oportunidades, e acreditamos que,diante de nossa conjuntura política e econômica, a qualquer momento possa vir a surgir uma janela interessante para indicação neste valioso banco.
Até lá, seguimos aguardando de fora os resultados do Santander e das demais empresas atuantes deste rentável segmento do mercado de capitais de nosso país.
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