Radar do Mercado: Taesa (TAEE11) – aquisição de ativos para ampliar os resultados

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica – Taesa – comunicou ontem (30), por meio de nota, que após a obtenção das aprovações prévias pertinentes (CADE, credores e bancos financiadores), foi concluída, na mesma data, a transferência para sua custódia das participações acionárias detidas pela Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig – no capital social das seguintes concessionárias de serviço público de transmissão de energia elétrica: Companhia Transleste de Transmissão, Companhia Transudeste de Transmissão e Companhia Transirapé de Transmissão que, em conjunto, são denominadas como Transmineiras.

A companhia informou ainda que, para a conclusão da operação, a Taesa desembolsou o valor total de R$ 56.088.002, já corrigido pela variação acumulada do IPCA a partir de 1 de janeiro de 2017; e pela variação acumulada de 100% do CDI a partir da data de assinatura, inclusive descontados os valores dos dividendos e/ou juros sobre o capital próprio declarados a partir de 1 de janeiro de 2017 pelas Transmineiras em favor da Cemig pagos ou não até a data do fechamento da operação.

“Com a conclusão da Reestruturação Societária, a Taesa passa a deter direta e indiretamente 30,0% da Transleste, 29,0% da Transudeste e 29,5% da Transirapé, reforçando sua estratégia de crescimento com retornos atrativos e seu compromisso com a geração de caixa e disciplina financeira, além de consolidar seu posicionamento estratégico como uma das maiores empresas de transmissão de energia do país”, finalizou a Taesa na nota divulgada.

 

Em referência ao reportado acima, cabe mencionar, aqui, que a Transmineira é um conjunto de transmissão de energia elétrica que atua no estado de Minas Gerais, com instalações que totalizam 343 km de linhas de transmissão e 06 Subestações nas tensões primárias de 138, 230 e 345 kV e que possuía como principais acionistas, até então, a Cemig, juntamente com a Alupar, Furnas e a EATE.

Vale ressaltar que, conforme destacado, o conjunto é composto de três concessionárias, conforme segue:

Transleste

Através do Contrato de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 009/2004 – ANEEL, datado de 18 de fevereiro de 2004, celebrado com a União, por intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, foi outorgada à Companhia a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, que consiste na implantação, manutenção e operação da linha de transmissão de 345 kV, com 138 km de extensão, tendo origem na subestação de Montes Claros, e término na nova subestação Seccionadora de Irapé, ambas no Estado de Minas Gerais.
O sistema da Companhia Transleste de Transmissão integra a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional, cuja coordenação e controle da operação de transmissão de energia elétrica, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL na figura do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, pessoa de direito privado, sem fins lucrativos, entidade autorizada pelo Ministério de Minas e Energia – MME.

Transudeste

Através do Contrato de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 005/2005 – ANEEL, datado de 04 de março de 2005, celebrado com a União, por intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, foi outorgada à Companhia a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, que consiste na implantação, manutenção e operação da linha de transmissão de 345 kV, com 140 km de extensão, tendo origem na subestação de Itutinga, e término na nova subestação Seccionadora de Juiz de Fora, ambas no Estado de Minas Gerais.

Transirapé

Através do Contrato de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 012/2005, lote B – ANEEL, datado de 15 de março de 2005, celebrado com a União, por intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, foi outorgada à Companhia a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, que consiste na implantação, manutenção e operação da linha de transmissão de 230 kV, com 65 km de extensão, tendo origem na subestação de Irapé, e término na nova subestação de Araçuaí, ambas no Estado de Minas Gerais.

Dessa forma, esse posicionamento estratégico por parte da Taesa nos faz entender como positivo a informação veiculada pela companhia acima destacada, visto que, de maneira direta, o processo desse conjunto transmissor de energia tende a adicionar bastante valor à Taesa no longo prazo, o que pode beneficiar de maneira direta os seus acionistas no que diz respeito ao desempenho operacional da empresa na sua perenidade.

Ainda, a Taesa é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP). A empresa é exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, com aproximadamente 9760 km de linhas de transmissão em operação, além de possuir ativos em 69 subestações com nível de tensão entre 230 e 525kV, presença em todas as regiões do país e um Centro de Operação e Controle localizado em Brasília.

Gostamos muito da companhia do seu segmento, muito por conta da “previsibilidade” dos resultados que podem ser observados neste setor de atuação.

Para complementar, o fato da companhia ser, historicamente, uma excelente pagadora de dividendos a seus acionistas, nos deixa ainda mais seguros e satisfeitos em relação ao case.

Dessa forma, temos bastante convicção em relatar que somos entusiastas de companhias que atuam em setores perenes e que distribuem bons e crescentes dividendos, como é o caso de Taesa, e acreditamos, ainda, que os números dessa empresa possam vir a melhorar com o aumento dos índices macroeconômicos, IGP-M e IPCA, que já pôde ser observado últimos meses.

Seguimos confiantes no case e mantemos o ativo em nossa carteira Suno Dividendos, como sempre, entretanto, solicitando o respeito ao preço teto de entrada no ativo, de modo que uma margem de segurança satisfatória possa ser obtida na aplicação.

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Tiago Reis
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