A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – USIMINAS informou ontem (01) aos seus acionistas e ao mercado em geral que firmou um termo com bancos formalizando a renegociação de dívidas da companhia.
Os bancos envolvidos em território brasileiro são o Banco do Brasil, o Banco Bradesco e o Itaú Unibanco. Tais instituições firmaram um instrumento denominado “Termos e Condições Vinculantes para Alterações Financeiras da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas”.
Este termo formaliza os entendimentos entre as partes acerca da renegociação das dívidas da Usiminas com os Bancos Brasileiros, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o Japan Bank for International Corporation (JBIC), a Nippon Usiminas Co., Ltd., o Mizuho Bank Ltd., além de outras instituições financeiras que formam o conjunto dos credores japoneses, além dos detentores de debêntures de emissão da Usiminas, da escritura da 6ª emissão pública.
De acordo com o termo, e diante da renegociação de dívidas, a Usiminas informou a realização, nesta segunda-feira (01), do lançamento de uma emissão de títulos representativos de dívida (notes), por meio de sua subsidiária integral Usiminas International. Estes notes, destinados à colocação no mercado internacional, serão ofertados para investidores institucionais qualificados, buscando captação de recursos para realizar pré-pagamentos.
Os pré-pagamentos contemplam o pré-pagamento integral de sua dívida junto ao BNDES e aos credores japoneses, além do pré-pagamento parcial de sua dívida junto aos debenturistas. Adicionalmente, eventuais recursos remanescentes serão utilizados para o pré-pagamento parcial da dívida da companhia junto aos bancos brasileiros ou debenturistas.
Além disso, o termo também estabelece certas alterações aos termos e condições das dívidas da companhia que serão mantidas junto aos bancos brasileiros e debenturistas, incluindo não somente a liberação de garantia real de hipoteca sobre imóveis em Ipatinga, exclusão de obrigatoriedade de cash sweep, além da exclusão da vedação de CAPEX mediante cumprimento de covenant financeiro.
De acordo com a companhia, o termo estabelece que tais alterações serão formalizadas em até 30 dias contados da conclusão da emissão.
Estas etapas relativas à renegociação de dívidas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da companhia, bem como acordados com os bancos brasileiros, com os credores japoneses, com o BNDES e com debenturistas, mediante a obtenção dos waivers necessários.
“A administração da Companhia considera a Renegociação de Dívidas um marco importante para a adequação do seu perfil de endividamento às perspectivas de curto, médio e longo prazos, preservando as suas capacidades financeira e operacional”, reforçou a Usiminas em seu documento.
Por fim, vale ressaltar que, diante deste cenário, a agência de ratings Moody’s elevou os ratings corporativos da companhia para Ba3 na escala global e A2.br na escala nacional, com perspectiva estável.
A elevação do rating, segundo a agência, foi suportada pela melhora no perfil de liquidez da companhia, em consequência da proposta de emissão das notes comentadas acima. Assim, seu cronograma de amortização de dívida será estendido. No pró-forma à nova emissão, a companhia terá R$ 1,7 bilhão em caixa e aproximadamente R$ 600 a 700 milhões por ano em vencimentos de dívida após 2020, em comparação a uma média de R$ 1,1 bilhão por ano, anteriormente.
Além disso, a renegociação de dívida com os bancos brasileiros, que coletivamente representa 70% da dívida total, ajudaram também na atualização do rating.
Por fim, a Moody’s afirma que os ratings refletem a sólida posição da Usiminas no mercado brasileiro de aços planos, bem como as medidas adotadas pela companhia para ajustar as operações à fraca demanda no mercado doméstico nos últimos anos.
No mais, consideramos que a Usiminas não vem mostrando bons resultados nos últimos períodos, mostrando uma ineficiência. Permanecemos de fora do papel aguardando melhorias no crescimento e em sua performance.
Leia mais sobre Radar