Resumo da Semana: Nova marca histórica no Ibovespa e expectativa da proposta de reformas
O Ibovespa encerrou a primeira semana de 2019 – que teve apenas três dias de negociações na bolsa de valores – registrando 91.841 pontos (+0,30%), alcançando, com isso, uma nova marca histórica. No acumulado da semana, a alta do índice foi de +4,50%.
Já o Ifix – índice representativo aos Fundos Imobiliários – apresentou uma alta de +0,25% na sexta-feira, fechando o dia aos 2.385 pontos. Na semana, a alta do Ifix foi de +1,42%.
No que tange o cenário político-econômico, é interessante destacar que o presidente Jair Bolsonaro declarou nesta sexta-feira (4), que a proposta da reforma da Previdência será apresentada ainda em janeiro. A afirmação foi feita durante uma entrevista coletiva, após a troca de comando da Aeronáutica, em Brasília. De acordo com Bolsonaro, a idade mínima de aposentadoria, proposta no projeto do ex-presidente, Michel Temer, será mantida. Desta forma, segundo a proposta, homens se aposentarão aos 62 anos e mulheres aos 57 anos.
Ainda durante a coletiva, na manhã do mesmo dia, o novo presidente afirmou que até o final da tarde o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaria a possível redução da alíquota máxima do Imposto de Renda (IR) de 27,5% para 25%. Além disso, Bolsonaro declarou que seria necessário o aumento da alíquota em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em contrapartida, em entrevista à Globo News no fim da tarde desta sexta o novo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que não há mudança prevista em relação a alíquota do Imposto de Renda até o momento. De acordo com Cintra, uma possível alteração deverá ser discutida “posteriormente” e no “tempo correto”. Além disso, o novo secretário afirmou que não haverá aumento na alíquota do IOF.
Outra relevante notícia foi dada na quinta-feira (03) quando o Banco Central (BC) informou que poderá autorizar diretamente a entrada de capital estrangeiro no País. A medida seria parte de um decreto que o presidente Bolsonaro pretende assinar em breve. Assim, o Banco Central poderia autorizar a entrada de capital estrangeiro em instituições financeiras brasileiras. Atualmente, para que um banco estrangeiro possa atuar no Brasil é necessário ter a autorização do BC e também do presidente da República. Um processo burocrático que rende muito difícil o ingresso de instituições financeiras do exterior no mercado brasileiro. O presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que esse decreto deve ser assinado em breve por Bolsonaro.
Ainda é muito cedo para afirmar e concluir qualquer opinião sobre o novo governo, no entanto, seguimos otimistas, principalmente em relação às reformas, que certamente possuem grande potencial de impactar positivamente a economia, caso sejam aprovadas de maneira coerente com a necessidade atual.
Seguiremos acompanhando os fatos e, principalmente, o desenvolvimento das companhias e dos fundos imobiliários, sempre no intuito de proporcionar boas e rentáveis alternativas de aplicações financeiras àqueles que confiam e creditam em nossas teses de investimentos.
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