Steve Jobs seria o maior financista da história?

Esta semana vou fazer a série “Os maiores CEO´s da História”.

Vou apresentar aqui presidentes de empresas, vivos e falecidos, que eu julgo pertencerem ao pódio dos grandes CEO´s da história. Obviamente, existe subjetividade na escolha e como a semana tem apenas 5 dias uteis, somente existirá tempo para 5 executivos. Muitos talentos ficarão de fora da lista.

A ordem que apresentarei os CEO´s não respeita nenhuma hierarquia, é aleatória. São 5 CEO´s extremamente competentes e com forças complementares: seria injusto da minha parte dar preferencia a um deles. Vamos começar pelo Steve Jobs.

Steve Jobs foi o fundador da Apple, a maior empresa do mundo em valor de mercado.

Para mim, ele é o maior financista da história: criou um modelo de negócios extremamente valioso e que gera valor em todas as frentes do balanço e do demonstrativo de resultados.

Talvez o Steve Jobs ficasse incomodado com o elogio de grande financista, afinal e se via como um artista. E, para muitos, as artes estão em um plano superior ao das finanças.

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E por que eu acho que ele foi um dos maiores financistas?

Ele criou um negócio que tem tudo que uma empresa precisa para criar valor ao seus acionistas: altas margens, recorrência, ser um negócio de baixa intensidade de capital e de forte crescimento.

Em termos de margens, a Apple é a empresa de Hardware de maior margem. Não da para comparar a margem da Apple com a Dell ou com a HP, empresas focadas em hardware. As margens da Apple são bem superiores.

Isso ocorre por diversos fatores, mas o fator principal é a percepção diferenciação dos produtos Apple perante seus consumidores. Seja por uma percepção de marca, seja pela praticidade de seus aparelhos e a maneira que eles se comunicam.

Em termos de recorrência, a Apple tem criado cada vez mais programas para estabilizar suas receitas, seja através de programas anuais de renovação do aparelho, seja através de serviços cobrados em assinatura mensal, como por exemplo o Apple Music. Apesar de ser uma empresea de hardware, como a fidelidade dos clientes é elevada, quando um usuário vai trocar de aparelho a tendência é comprar um novo produto Apple.

A Apple não é intensiva em capital, por dois motivos: o primeiro é que utiliza pouco imobilizado, pois a produção é terceirizada em fábricas na China, com custos muito competitivos. O segundo motivo é o capital de giro negativo: a Apple vende a vista e paga os fornecedores a prazo, isso associado com uma logística muito bem operada o que reduz a necessidade de estoques.

O forte crescimento, obviamente menor hoje que na época do Steve, se deu por ser uma empresa com produtos altamente inovadores, criando mercado ou ganhando participação de mercado relevante de players já estabelecidos.

A combinação de forte rentabilidade, crescimento e baixa volatilidade de receitas gerou uma combinação única em termos de criação de valor aos acionistas e a Apple se tornou, ainda durante a vida do Steve Jobs, a empresa de maior valor de mercado do planeta.

A Apple é uma empresa que faz parte do Suno Internacional, plano destinado aqueles que buscam ganhos e diversificação em moeda forte. 

Eu fiz uma analise das ações da Apple ainda em 2011, e você pode conferir a apresentação aqui.

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Tiago Reis
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