Quem quer investir dinheiro no mercado de ações precisa ficar atento a algumas características desse tipo de operação. Na hora de aplicar, você deve saber qual é a rentabilidade prevista, quais valores são cobrados pela custódia e também qual é a taxa de corretagem.
Ter conhecimento sobre essas informações é fundamental. Isso porque elas podem influenciar no seu rendimento. A taxa de corretagem é um dos valores cobrados pelas instituições financeiras no momento das movimentações. Essa cobrança pode variar bastante.
O que é taxa de corretagem?
A taxa de corretagem é o valor que as corretoras e distribuidoras de valores cobram por cada operação de venda e compra de ativos na Bolsa. Ou seja, sempre que é feita uma transação de compra ou venda, a instituição faz a cobrança dessa taxa. Os valores podem variar, de acordo com as regras estabelecidas.
Essa cobrança é feita porque não é possível comprar os papéis diretamente na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Logo, para realizar essas operações, é necessário utilizar os serviços dos bancos ou das corretoras de valores, que atuam como um intermediador desse mercado. Sendo assim, para cobrir o custo dessa intermediação, é cobrada a taxa de corretagem.
Como a taxa de corretagem é cobrada?
A taxa de corretagem pode variar dependendo da corretora e também da operação que é solicitada. Existem pelo menos três tipos de cobrança:
- Taxa de corretagem fixa;
- Taxa de corretagem percentual;
- Taxa de corretagem híbrida (fixa + percentual).
Corretagem fixa
Nessa modalidade, o valor é fixo e não depende do montante de cada operação. É um dos tipos mais utilizados, principalmente por quem utiliza Home Broker, que é uma plataforma online que conecta investidores e o mercado de capitais.
Como exemplo, podemos imaginar que uma mesma pessoa faça duas operações de compra. A primeira no valor de R$ 1000 e a outra com valor de R$ 50 mil. Nesse tipo de cobrança, as duas operações teriam a mesma taxa de corretagem.
Corretagem percentual
Já na cobrança com porcentagem, o valor vai variar dependendo da quantidade que é negociada. Em geral, quanto maior for o volume, menor será a taxa.
Por exemplo: até R$ 50 mil, a corretora cobra 0,3% sobre o valor da operação. Já para valores entre R$ 50 e R$ 100 mil, a taxa é de 0,25%.
Corretagem híbrida
O terceiro tipo é uma mistura dos dois anteriores. Há uma cobrança de um valor fixo pela operação e ainda uma porcentagem pela quantia negociada. É mais comum para investidores que fazem a negociação via mesa de operações.
Como é cobrada a taxa de corretagem para ações?
A taxa de corretagem pode variar também dependendo da operação que é realizada. Em geral, na negociação de ações, a taxa é cobrada a cada comando que o investidor disparar. Ou seja, caso você compre uma ou cem ações, a taxa será a mesma.
As corretoras de valores também costumam estipular o valor da taxa de acordo com o volume financeiro. Quem movimenta mais paga menos taxas.
Como é cobrada a taxa de corretagem para derivativos?
No caso dos derivativos e demais contratos futuros, a taxa que é cobrada do investidor é referente a cada um dos contratos realizados.
Se em um mesmo dia, o investidor fizer 5 contratos de compra de milho no mercado futuro, por exemplo, ele terá que pagar 5 taxas de corretagem.
Faz sentido escolher a corretora pela taxa de corretagem?
Cada corretora ou banco pode estipular sua própria taxa de corretagem. Muitas instituições, por exemplo, oferecem até isenções ou planos que reduzem algumas taxas de acordo com o volume movimentado. Porém, a maioria ainda cobra pela taxa de corretagem — e em algumas corretoras, esse valor é bem significativo.
Por isso, antes de iniciar seu investimento, o ideal é analisar todas as opções e até mesmo fazer algumas simulações. Se as taxas forem muito altas, o rendimento pode ficar comprometido.
Entretanto, é importante lembrar que nem sempre a corretora com a menor taxa de corretagem será a melhor para o investidor. Muitas vezes, é melhor pagar uma taxa maior e ter acesso a mais produtos e serviços, além de contar com um suporte melhor da corretora. Essa avaliação varia de investidor para investidor — mas no final das contas, a corretora com a melhor taxa de corretagem será aquela que apresentar o custo-benefício mais adequado com as necessidades de cada um.
Além disso, todo investidor deve ficar atento não somente à taxa de corretagem, mas também ao custo total do investimento. Nesse caso, o ideal seria reduzir o número de movimentações em sua carteira e “diluir” esse custo ao longo do tempo, dando prioridade para investimentos em longo prazo. Apresentamos essa e outras estratégias no nosso ebook especial Como viver de renda na Bolsa de valores — e para saber mais, basta clicar no link e baixar o material gratuitamente agora mesmo.