TIR: aprenda a analisar investimentos utilizando a Taxa Interna de Retorno

Avaliar o potencial retorno de um investimento é essencial antes de tomar qualquer decisão. Uma das melhores formas para calcular isso é por meio da chamada Taxa Interna de Retorno.

Por ser um método rápido e fácil interpretação, a Taxa Interna de Retorno é um dos indicadores de análise mais utilizadas pelo mercado. Com ela, é possível saber, de forma clara e direta, se determinado investimento será bom ou ruim no futuro.

O que é a Taxa Interna de Retorno (TIR)?

A Taxa Interna de Retorno, também conhecida como TIR, é um indicador que, quando aplicado ao fluxo de caixa, torna os valores de retorno iguais às despesas trazidas a valor presente.

Por exemplo, se a TIR de um projeto é de 20% e os seus fluxos de caixa anuais e estáveis, então o retorno anual para investir nesse projeto será de 20%.

MINICURSO VALUATION

Como calcular a Taxa Interna de Retorno?

A fórmula para calcular a Taxa de Retorno é:

taxa interna retorno

Onde:

  • t: Período ocorre o fluxo de caixa (podendo ser em meses, bimestres, semestre ou anos, meses);
  • FCt: Fluxo de caixa do período t;
  • n: número total de períodos analisados;
  • Σ: somatório dos fluxos de todos os períodos.

Comparando a TIR com a Taxa Mínima de Atratividade

Para analisar o resultado da taxa interna de retorno, o investidor precisa compará-la com uma taxa mínima de atratividade. Também conhecida como TMA, essa taxa representa a rentabilidade mais fácil de ser conseguida no mercado com o mínimo de risco.

Logo, o projeto só seria vantajoso se seus retornos superassem essa taxa mínima.

Para pessoas físicas, uma boa TMA pode ser a rentabilidade de um investimento de baixo risco, como uma aplicação na poupança ou um título de Tesouro SELIC, por exemplo.

Já para empresas, a TMA adotada costuma ser o custo de capital. A taxa mais utilizada, nesse caso, seriam os juros para emprestar ou tomar capital de terceiros.

Com base nisso, se a TIR for:

  • Maior do que a TMA: o investimento seria atrativo, já que ele renderia mais do que uma aplicação livre de risco.
  • Igual à TMA: o investimento não seria bom e nem ruim, pois renderia a mesma coisa que uma taxa mínima livre de risco.
  • Menor do que a TMA: o investimento não seria atrativo, pois sua rentabilidade é superada por um investimento com o mínimo de retorno já definido.

MINICURSO CONTABILIDADE

Vantagens e desvantagens da TIR

Dentre as vantagens da TIR, estão os seguintes pontos:

  • É mais fácil para comparar investimentos, pois se trata de um valor relativo, e não absoluto (como o método de Valor Presente Líquido, ou VPL);
  • Considera o valor do dinheiro no tempo, convertendo fluxos futuros a um valor no presente;
  • É mais simples e clara para ser interpretada.

Entretanto, as limitações e desvantagens desse indicador também existem. São elas:

  • Não pode ser aplicada em projetos com fluxo de caixa não convencional;
  • Cálculo um pouco mais complexo e difícil de ser realizado manualmente;
  • Dependendo do fluxo de caixa, podem existir múltiplas taxas de retorno para um projeto, ou até mesmo nenhuma taxa.

A importância da Taxa Interna de Retorno

Mesmo com algumas limitações, a Taxa Interna de Retorno é uma das ferramentas mais utilizadas no mercado financeiro. Ainda que sua fórmula seja complexa, a TIR pode ser facilmente calculada em calculadoras financeiras, planilhas eletrônicas e softwares estatísticos.

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Tiago Reis
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2 comentários

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  • Ricardo 9 de abril de 2020
    Obrigado! Didática clara e focada.Responder
  • Adriana 19 de junho de 2020
    Perfeito, simples e de fácil compreensão. ObrigadaResponder

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