Valor em uso: entenda como calcular esse tipo de valor

Dentro da Contabilidade, existe uma ferramenta fundamental para qualquer empresa no tocante às suas finanças, chamada teste de impairment. E faz parte dele o princípio de valor em uso.

Conhecer o valor em uso é usado em especial na elaboração do planejamento financeiro de curto ou médio prazo. Algo que toda empresa precisa ter bem construído para apresentar aos investidores no mercado financeiro brasileiro.

O que é valor em uso?

Valor em uso é uma forma de calcular o valor de um bem de longa duração que está sendo utilizado pela empresa. Esta modalidade também é conhecida como Valor Presente Líquido (VPL) aplicado a fluxos de caixa futuros. Por isso, ele está diretamente atrelado ao teste de impairment.

Na prática, o intuito é demonstrar o quanto de fato aquele ativo vale dentro do patrimônio da companhia.

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Legislação e o impairment test

Também conhecido como teste de recuperabilidade, o impairment é obrigatório para as grandes empresas e as companhias com capital aberto. Justamente para que o valor declarado em mercado seja verossímil.

Esta adaptação de valores está prevista na Lei 6.404/1976, a chamada “Lei das S.As” em seu artigo 183, parágrafo 3º. Tal norma foi alterada pela Lei nº 11.638/2007.

Em sua redação final, está descrito que no balanço patrimonial de uma empresa a avaliação dos ativos deve atender a alguns critérios. Entre eles, a obrigatoriedade de efetuação periódica do teste de recuperabilidade dos ativos que estiverem registrados como imobilizados e intangíveis no balanço da empresa.

Os bens imobilizados são aqueles físicos utilizados pela companhia em sua produção ou prestação de serviços. Em geral, agregam maquinário, imóveis ou automóveis utilizados na atividade-fim do negócio.

Já os bens intangíveis são os bens não corpóreos utilizados na manutenção da empresa. Nesta lista entram a marca do empreendimento, com suas licenças e patentes.

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Como funciona o impairment test?

Ao adquirir um bem, a empresa o registra contabilmente pelo custo de aquisição. Este dado, com o passar dos anos, integra o custo histórico da empresa que é a relação com os valores que foram pagos em cada compra dos bens do imobilizado.

Mas, com o passar do tempo, este bem tende a perder de valor. Seja por causa do desgaste do tempo ou mesmo da sua obsolescência, algo comum com equipamentos tecnológicos, por exemplo.

Esta perda de valor contábil deve seguir os parâmetros de depreciação determinados em lei, atendendo à tabela oficial para este cálculo. Nesta ocasião que surge o teste de impairment, na busca pelo valor recuperável deste ativo.

Esta conta pode ser feita de duas formas. A primeira é mensurando o valor que poderia ser obtido pelo ativo ao vendê-lo. A outra é calculando o quanto a empresa conseguiria produzir e lucrar ao continuar utilizando-o.

Este último é justamente o valor em uso, ou seja, o quanto a empresa ganharia ao continuar utilizando o bem em questão.

Assim, o teste de recuperabilidade serve para estimar a vida útil econômica do bem quanto para a realização do “cálculo da sua depreciação, exaustão e amortização”, como diz a lei.

Foi possível conhecer valor em uso? Deixe suas dúvidas nos comentários.

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Tiago Reis
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1 comentário

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  • Luis 30 de julho de 2020
    Pelo que eu entendi posso fazer o ajuste patrimonial dos bens, equipamentos que foram comprados em dólar a 1,9 e hoje valor do dólar é acima de 5,00. Haverá um ajuste a maior dos valores. Deixo no balanço porém não lanço na DRE. É isto???Responder

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